Não sei porque algumas pessoas que se dizem profissionais de comunicação ou "formadoras de opinião" ainda insistem em ocupar o espaço nestas áreas.
Talvez seja pela
lerdeza dos donos de jornais.
Talvez seja pela "oportunização" destes leigos nos locais onde vivem.
Alguns poderiam dizer que é pela necessidade de sobreviver.
Eu tenho outra opinião: descaramento.
Mas será que estes donos de jornais merecem ter em seus quadros esses pseudo-profissionais?
Existirá uma Associação de profissionais da imprensa que admite pessoas sem escrúpulos e sem caráter e, pior, sem conhecimento profissional para usufruir da auto-titulação de jornalista?
Os jornalecos que admitem estas pessoas merecem serem lidos?
Um profissional da área assinaria embaixo de um texto cheio de erros vernaculares e de informações desencontradas?
Não quero julgar aqui quem deve trabalhar aonde, mas que cada qual trate de ocupar seu espaço profissional.
Não será admitido que um engenheiro atue como um médico ou vice-versa. Nem um jornalista deve ser um contador.
É crível que os especialistas nos assuntos (geologia, medicina, engenharia, direito, agricultura, etc.) escrevam com maior profundidade e conhecimento sobre sua área específica, nos jornais e revistas.
Mas não é aceito que um leigo escreva artigos ou estudos profissionais e se gabe por isso.
Existem, e não se pode negar, pessoas que dedicaram a vida inteira à profissões diversas. Por isso, se chama
rábula quem conhece a área de Direito e não tem o diploma de bacharel.
Em outras profissões também existem os "curiosos" que acabam adquirindo o conhecimento mínimo necessário para desenvolver outra atividade. E, normalmente, estes curiosos procuram aprender mais sobre aquilo ou aquela atividade que lhes interessa, embora nunca consigam se destacar como reais profissionais, no sentido estrito, na área.
Mas parece que na área jornalística este interesse não ocorre, com frequencia. Esse pessoal deveria ler mais, ou melhor, ler o mínimo necessário para poder desenvolver sua matéria e não deixar seus rabiscos exclusivamente nos dedos do pobre revisor.
Na verdade, o que se vê nestes pseudos-profissionais é a defesa de seu salário, escrevendo para as prefeituras que lhes pagam bem, para as empresas que compram (caro) seu Diploma de Honra ao Mérito, para os profissionais que lhes dão uma "ponta".
No fundo, parece que estas pessoas detém um "trunfo podre" sobre a vida profissional ou particular do sujeito e usam para extorquir, para coagir, para intimidar ou para ser moeda de troca.
Pobres de espírito e mais pobres ainda de conhecimento, se deixam levar pela onda de puxa-saquismo para continuarem vivos.
Mas não terão nunca reconhecimento e viverão no ostracismo profissional eterno.