21 de junho de 2020

NEXA RESOURCES FAZ ACORDO E GARIMPEIROS PODERÃO EXPLORAR OURO DE FORMA LEGAL



A mineradora Nexa Resources e representantes dos garimpeiros chegaram um acordo para que os cerca de 1,5  mil  trabalhadores  da  classe  possam  exercer  a  extração  de  ouro  de  forma  legal  na  região  de  Aripuanã  (MT).  As conversas   ocorreram   na   terça-feira   (16)   e   foram   mediadas   pela   Companhia   Mato-grossense   de   Mineração (Metamat).
Segundo  o governo  do  Mato  Grosso,  o  acordo  abrange  uma  área  de  516  hectares,  que  será  cedida  para mineração  de  ouro  na  superfície,  e  os  recursos  minerais  presentes  no  subsolo  como  zinco,  cobre  e  chumbo continuarão sendo explorados pela Nexa.
"Nosso papel foi, de forma imparcial, ajudar o grande, o médio e o pequeno minerador. Felizmente, todos os interesses estão convergindo, a empresa continua com o seu grande projeto, os garimpeiros irão trabalhar dentro da absoluta legalidade e ainda no futuro, se a empresa quiser explorar o subsolo mais profundo, poderá utilizar a área", explica o gerente da Agência Nacional de Mineração (ANM) em Mato Grosso, Roberto Vargas.
O presidente da Metamat, Juliano Jorge Boraczynski, destaca que esse foi o primeiro passo para possibilitar que  as  famílias  da  localidade  possam  continuar  trabalhando,  e  gerando  emprego  e  renda  no  município,  de  forma legalizada.
O executivo disse que a Metamat fornecerá apoio técnico para a Cooperativa de Mineradores e Garimpeiros de  Aripuanã  (Coopemiga)  com  a abertura  de  um  escritório  com  um  geólogo  para  atender  a  Cooperativa  no município.  A  previsão,  segundo  ele,  é  de  que  o  novo  escritório  atenda  também  a  demanda  de  capacitação  em lapidação  de  pedras  coradas,  com  o  objetivo  de  aumentar  a  renda  local  com  o  beneficiamento  de  pedras  para  o mercado interno e externo.
Conforme  o  presidente  da  Coopemiga,  Antônio  Vieira  da  Silva,  o  apoio  técnico  oferecido  pela  Metamat  é "importantíssimo  para  dar  condições  para  os  garimpeiros".  A  cooperativa  foi  criada  em  dezembro  de  2019  com  o objetivo de auxiliar na legalização do garimpo na região.
Na semana passada, centenas de garimpeiros impediram a passagem de representantes da Nexa, fechando a  ponte  sobre o  Rio  Aripuanã,  na  MT  208,  estrada  que    acesso  ao  local  onde  acontecem  as  obras  do projeto  de zinco Aripuanã.
O  motivo da manifestação foi a negativa  da mineradora em participar de  uma reunião que  trataria da liberação da área para os garimpeiros trabalharem de forma legal.
Caso
Segundo  o  governo  local, o  conflito  pelo  uso  da  área  teve  início  em outubro  do  ano  passado,  quando  uma operação  da  Polícia  Federal  (PF)  foi  deflagrada  para  inibir  o  garimpo  ilegal  no  Estado,  retirando  os  garimpeiros  do local.
O  Projeto  Aripuanã  da  Nexa  possui  a  licença  para  exercer  as  atividades  de  mineração  no  local.    que  já existia  uma  área  utilizada  como  garimpo  desde  a  década  1980,  com  grande  importância  na  economia  local  da cidade, disse o geólogo da Metamat, Antônio João Paes de Barros. O  empreendimento  da  Nexa  Resources  tem  investimento  direto  de  R$  2  bilhões  e  prevê  a  exploração  e beneficiamento de zinco, cobre e chumbo, na Serra do Expedito, a 25 km da cidade de Aripuanã. O projeto está em fase de implantação e a previsão de início das operações é 2021.
Fonte: Notícias de Mineração Brasil
Data: 17/06/2020

15 de junho de 2020

MAIOR JOALHERIA GLOBAL QUER USAR APENAS OURO E PRATA RECICLADOS



A Pandora, maior fabricante de peças de joalheria do mundo, tem planos de suspender o uso de ouro e prata recém-extraídos e usar apenas metais preciosos reciclados.
A nova política, que entra em vigor em 2025, tem como objetivo ajudar a empresa de Copenhague a melhorar suas credenciais climáticas e se tornar mais atraente para investidores ansiosos por incluir nas carteiras ativos que atendam aos objetivos ambientais, sociais e de governança.
As ações da Pandora acumulam ganho de cerca de 20% desde janeiro. Um porta-voz da Pandora disse que a mudança de política não terá nenhum impacto material nos custos.
O diretor-executivo da empresa, Alexander Lacik, disse que a nova abordagem não reduzirá a qualidade das joias produzidas. “Os metais extraídos  séculos  atrás  são  tão  bons  quanto  os  novos”,  disse  em  comunicado  na  terça-feira.  Ao mesmo tempo, “a necessidade de práticas de negócio sustentáveis se torna cada vez mais importante”, disse.
Meio ambiente
A Pandora diz que a transição para metais preciosos reciclados reduzirá as emissões de carbono em dois terços para a prata e em mais de 99% para o ouro. Um dos principais benefícios para o meio ambiente é a redução considerável do uso de água como resultado de menos mineração, segundo a empresa.
As emissões anuais do mercado global de ouro são equivalentes a cerca de 126 milhões de toneladas de CO2, sendo que mais de 30% desse volume vem direto da mineração e da fundição, de acordo com o Conselho Mundial do Ouro.
Uma das emissões mais significativas da indústria é o cianeto, que pode levar à contaminação das águas subterrâneas, entre outras ameaças ao meio ambiente. As preocupações com riscos associados à operação de minas e seus resíduos também aumentaram após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho.
A Pandora diz que atualmente usa 71% de ouro e prata reciclados na produção.  Cerca de 15% da prata mundial é proveniente de fontes recicladas. A empresa planeja trabalhar com fornecedores para garantir o acesso à “prata reciclada de origem responsável, certificada de acordo com os principais padrões de iniciativas da cadeia de suprimentos, como o Responsible Jewellery Council”
. A Pandora também planeja “se envolver com as principais partes interessadas da cadeia de suprimentos para explorar oportunidades e aumentar a disponibilidade de prata reciclada e melhorar os padrões de produção”, afirmou.

Fonte: Bloomberg 
Data: 02/06/2020

4 de junho de 2020

ANM: Edital de disponibilidade de áreas vai a consulta pública

A Agência Nacional de Mineração abre, nesta quinta-feira (4), consulta pública para o edital de disponibilidade de 500 áreas para fins de pesquisa. Durante 30 dias, toda a sociedade poderá dar contribuições para as regras do primeiro lote, que vai disponibilizar as áreas para pesquisa de minerais usados preferencialmente em infraestrutura e construção civil, como areia, brita, argila (cerâmica vermelha), cascalho e gesso.
“Após este processo, outras áreas de diferentes vocações para seu aproveitamento mineral serão colocadas em disponibilidade para pesquisa e lavra, de modo a atrair investidores dentro das diversas oportunidades minerais hoje existentes e disponíveis para serem ofertadas ao público interessado. Serão milhares de áreas que estão sendo estocadas, já há alguns anos, por falta de uma política adequada de disponibilização”, diz o diretor da ANM, Tasso Mendonça.
Todas as áreas ofertadas estão na fase de requerimento ou autorização de pesquisa. A ideia é discutir com a sociedade e com o setor mineral as normas para aprimorar os pontos do edital, que será piloto para os demais que estão por vir. Depois de colhidas as contribuições, a ANM tem 30 dias para fazer a análise e então publicar a versão final para dar início à concorrência.
Investimentos parados
Existem dezenas de milhares de áreas na carteira da ANM para serem colocadas em disponibilidade. São projetos minerários já outorgados anteriormente, mas que retornaram à Agência Nacional de Mineração por diversos fatores, como perda do direito minerário dos antigos titulares, indeferimentos ou caducidade, provocados por abandono do empreendimento, desistência e inadimplência de obrigações.
A abertura de novas áreas para disponibilidade estava suspensa pelo extinto Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) desde 2016, com grande represamento de investimentos no setor. Até 2018, o melhor projeto técnico levava o direito de pesquisar ou lavrar a área, o que tornava a concorrência subjetiva e demorada. O decreto 9.406/2018 introduziu um novo modelo de seleção, onde as áreas devem ser objeto de oferta pública prévia pela ANM e, em caso de dois ou mais interessados, são submetidas a leilão eletrônico, decidido de acordo com o maior valor ofertado.
Em maio deste ano, o projeto de disponibilização de áreas da ANM entrou para o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal, virando um dos projetos para fomentar o desenvolvimento social e econômico do país. A qualificação no PPI apoia a ANM na elaboração e implantação do novo modelo de disponibilidade de áreas, incluindo a oferta pública prévia, seguido pelo critério de desempate pela melhor oferta financeira para os projetos e empreendimentos a serem ofertados durante o exercício de 2020.
Para participar acesse o formulário aqui.
Fonte: ANM