PILHAGEM NO IRAQUE (1)
Inicia-se a pilhagem do petróleo iraquiano - Exxon/Mobil e Shell tomaram um dos maiores campos de petróleo do mundo. As tropas norte-americanas e britânicas, no início da invasão ao Iraque, em 2003, denominaram seus acampamentos provisórios de "Camp Exxon" e "Camp Shell".
Agora, a história os justificou, quando o governo-fantoche do Iraque cedeu oficialmente os direitos de exploração do gigantesco campo petrolífero de Kurna Ocidental - uma das maiores reservas de petróleo do mundo - exatamente às referidas multinacionais. A região de Kurna Ocidental esconde em seu subsolo um tesouro inestimável. Suas reservas, comprovadas por pesquisas sismológicas, superam todas as demais reservas petrolíferas iraquianas, que totalizam hoje 115 bilhões de barris. Mas o valor da reserva específica de Kurna Ocidental aumenta por causa do fato de que trata-se de dois campos facilmente exploráveis sob o ponto de vista de extração e mais lucrativos por causa do baixo custo de refino no mundo. Nos contratos de exploração, cuja duração é de 20 anos, as parcelas para cada um dos novos "donos" do petróleo iraquiano foram calculadas de acordo com a participação e contribuição à guerra dos EUA e da Grã-Bretanha. Assim, a Exxon/Mobil abocanhou a "fatia do leão" (80%) do total das reservas, enquanto, o desdentado Império Britânico deverá ficar satisfeito com a parcela-saldo das reservas destinada à Shell (20%).
(Falah El Shakir - sucursal do Grande Oriente Médio/Redação).
PILHAGEM NO IRAQUE (2)
Direito a subvenção - As duas multinacionais agraciadas (Exxon/Mobil e Shell) serão, ainda, subvencionadas pelo governo-fantoche de Bagdá com US$ 1,90 por barril extraído, enquanto, de novo, o referido governo agradecido assumirá todos os custos de modernização das instalações de extração e demais equipamentos dos dois campos, custos estes que, no decorrer dos 20 anos de vigência dos contratos, totalizarão US$ 50 bilhões! "Business is business" (na Mesopotâmia, principalmente) . Trata-se dos dois primeiros contratos formalizados entre o governo-fantoche e multinacionais petrolíferas após a ocupação do país, porque as petrolíferas multinacionais esperaram, pacientemente, primeiro a "estabilização da situação de segurança", antes de ligarem outra vez suas bombas de sucção na sangrenta Mesopotâmia. O anterior "big deal" havia sido definido poucos dias antes e referia-se aos exclusivos direitos de exploração de um outro gigantesco
campo iraquiano em Ramala, cujas reservas são avaliadas em mais de 17 bilhões de barris comprovados, os quais serão cedidos de mão beijada à petrolífera britânica British Petroleum (BP) e à chinesa National Petroleum Corp. (CNPC), que dividirão o butim em 38% e 37%, respectivamente. De acordo com o "contrato leonino", a produção do imenso campo deverá ser triplicada nos próximos anos, sempre às custas do referido governo iraquiano, enquanto as duas empresas petrolíferas que o explorarão, calcula-se, registrarão lucros superiores a US$ 2 bilhões anuais cada.
(Falah El Shakir - sucursal do Grande Oriente Médio/Redação).