15 de abril de 2010

Poque NÃO a Belo Monte

Todas as minhas postagens sobre o assunto levam meus leitores a acreditar piamente que sou contrário a construção de Belo Monte.
Então vamos às razões pelas quais eu não concordo com a sua construção.

Inicialmente, antes de se aventurarem a imaginar que sou um ativista ambiental, devo refutar esta imaginação. Eu me considero um profissional que busca integrar o trabalho necessário ao ser humano com a convivencia natural. E não penso nisso como desenvolvimento sustentável, porque não acredito neste paradigma.

Belo Monte significa um monte de mentiras. Nem preciso elancá-las porque a Telma Monteiro já fez isso. Mas poderemos dizer que há determinados exageros, da parte governamental em querer por querer que saia esta obra monumental.
Então é hora de perguntar a quem interessa esta hidrelétrica?   Quais os propósitos que serão atendidos por ela? Por que o governo conseguiu que a LP (Licença Prévia) saísse a toque de caixa, se os trabalhos técnicos realizados há longos anos mostram que haverá consequencias desagradáveis para a população local, indefinidamente? Um exemplo claro disso é Tucuruí! Após tantos anos depois de contruída ainda temos deficiência de fornecimento de energia elétrica a municípios do Pará, apesar da energia ser direcionada ao Sul/Sudeste/Nordeste com preços subsidiados. Ou ninguém quer ver os municípios da Calha Norte às claras e vivendo das usinas termoelétricas constantemente? Se é para aumentar ou disponibilizar o fornecimento destes locais que tal investir - alô, BNDES - na construção de linhas de transmissão imediatamente?
Dizer que o MPF está sendo levado por opiniões de pessoas que destroem suas casas e depois vem cuidar da nossa é encarapuçar os procuradores de uma mediocridade que não existe. Provavelmente estes profissionais devem ter lido diversos trabalhos da época em que era chamado de Kararaô e outros posteriores, que a FADESP - ligada a UFPA, entre outros órgãos e entidades ambientais, realizou.

Dizer que vai trazer empregos e desenvolvimento para esta população é não querer ver que os empregos pra população serão os de menor qualificação possível.
E depois ficarão o ônus do desemprego, das moradias, da alimentação, da educação e da marginalização dos habitantes daqueles locais.

Então, senhores a favor, queria que me respondessem a estas tantas dúvidas que coloquei aqui e algumas mais que os "ecochatos" - na visão dos defensores de Belo (Des)Monte - mostram claramente.
Quero ler sobre isso e não somente as acusações de que os ambientalistas "estão em campo contra Belo Monte por razões inexplicáveis etc e tal".


2 comentários:

Blog do Piteira disse...

Jubal,

todos os argumentos contrários ao AHE Belo Monte até agora apresentados são facilmente desmontáveis - não por mim, claro, que não sou estudioso do caso, mas apenas um modesto jornalista e cidadão capaz de ler as entrelinhas dos movimentos que se opõem ao projeto.

Postei, na manhã de hoje, um texto com alguns dos principais argumentos faváveis que já li e ouvi sobre o projeto(www.blogdopiteira.blogspot.com). Nesse mesmo texto, citei os argumentos estapafúrdios e escandalosos, porque inconsistentes e irresponsáveis, apresentados pelo bispo do Xingu, dom Erwin Krautler, o principal contestador ao projeto, em uma série de exposições e debates realiada pela OAB/PA, em 26 de fevereiro passado. Falei como estes foram derretidos diante do calor dos argumentos técnicos apresentados pela procuradora jurídica do Ibama presente àquele mesmo evento.

O diretor de licenciamento do Ibama, Pedro Alberto Bignelli, acaba de demonstrar que a construção da UHE Belo Monte não atinge diretamente as terras indígenas da região - exatamente o contrário do que afirma a decisão judicial que suspendeu a realização do leilão e determinou ao órgão a conceção de uma nova licença prévia ao empreendimento.

“Existem mapas e a anuência da Funai [Fundação Nacional do Índio] ao processo todo, e nenhum mapa do empreendedor nos estudos que foram feitos remetem a essa influência direta, que é justamente a base dessa lei na qual o juiz deu o parecer”, argumentou Bignelli.

Ou seja, diante dessa afirmação, compreende-se que o Ministério Público Federal (MPF) alterou mapas e adulterou informações oficiais sobre o projeto, com o intuito de inviabilizar esse que é um dos mais importantes projetos econômicos para a nossa região, justamente porque vai produzir energia elétrica para o desenvolvimento da região, inclusive para abastecer os municípios da Calha Norte. O MPF induziu o juiz ao erro? Fez litigância de má fé? Tudo indica que sim.

Pelo aos teus leitores que se abram para o debate. Todos vamos ganhar com isso. O meu blog está aberto também a esse propósito.

José Maria Piteira

Ghost Writer disse...

dizer que tucurui só trouxe problemas é faltar com a verdade nó que antes dizias que belém é cidade que não produz de dia falta agua e de noite falta luz, faz tempo que não se sabe o que é falta cotidiana de energia, alem das oscilações que havia quando eramos aobrigados a usar estabilizador para proteger os equipamentos.
falar que o norte não deve permitir que seus cursos d'agua naturais não devem fornecer energia para o sudeste onde suas possibilidades de novas unidades hidraulicas estão esgotadas é não observar o terra de brasilis como país. o problema é que o homem é uma agressão a natureza, e nós não conseguimos viver sem agredi-la. não pode ter energia atomica. não pode usar carvão mineral. não pode usar carvão vegetal. não pode fazer barragem. não pode fazer mineraçã. não pode fazer fios de cobre. não pode fazer fios de aluminio. não pode fazer baterias de chumbo. pilhas de litio nem de manganes. não pode fazer cimento por causa das cavernas. não pode usar fertilizante quimico. não pode fazer melhoramneto genetico. ai vem uns iluminados e dizem para captar energia éolica e solar, como fazer os catavento sem metais? de vento? usando as folhas dos coqueiros? e as placas solares? já que não pode usar silicio vai captar onde. nas carecas dos caras? e acumular onde?
nem voltar para as cavernas não se pode. agora quando se fala em controle da população vem a grita: a diversão do pobre que é fuder querem acabar.