21 de junho de 2013

POR UMA REVOLUÇÃO COM MAIS PROFUNDIDADE

Copiado da Facebook:
A corrupção é um câncer impregnado por todas as partes da sociedade brasileira, em especial entre os políticos. Mas não é só lá. Na polícia, entre os funcionários públicos, na religião, no meio empresarial e em toda população.

Policiais corruptos não sobreveriam se a população não fosse cúmplice de suas propinas. Nem tudo que é comum é normal. Por exemplo, apesar de ser muito comum e frequente, não é normal dar propina pra polícia ou fiscal. É uma anomalia não devolver o troco errado, não é normal instalar gato-net, puxadinho da eletricidade, CD e video game piratas, pegar canetas ou ítens de decoração de um hotel, levar pra casa material de escritório de sua empresa, enganar o seguro, falsificar carteirinha de estudante pra pagar meia entrada, colar na prova, ocupar o tempo remunerado de um expediente fazendo de conta que está trabalhando. Nada disso é normal, apesar de observarmos este comportamento com muita frequência todos os dias.

O pensamento de quem está mergulhado neste desvio de valores é sempre o mesmo: "Mas isso é muito radical, não é bem assim... Tudo isso é relativo". Seja a apropriação indevida de uma caneta ou até o desvio de dinheiro público numa obra de um estádio, ambos os casos podem ser classificados como corrupção, diferenciando-se apenas na quantidade de dinheiro desviado. A tentativa da relativização desses princípios é sempre a porta de entrada para a corrupção de qualquer tamanho. Esta relativizar o absoluto é uma grande armadilha!

Verdade seja dita: meter o pau em político corrupto nas passeatas, mas ao mesmo tempo ter esta conduta corrupta citada acima, é uma grande hipocrisia. É necessário sim lutar contra a corrupção do governo, mas também é fundamental mudar de atitude. Do contrário, seria o mesmo que o sujo falasse do mal lavado.

Por isso, a maior revolução que todos nós brasileiros precisamos, é uma revolução em nosso caráter, uma revolução contra o jeitinho brasileiro, contra a esperteza, a malandragem e a preguiça presentes de Norte a Sul de nosso imenso País.

Sendo assim, além de protestar nas ruas, faça também um protesto nas avenidas congestionadas de toda sorte de culpa que circula por sua consciência, uma auto-crítica e uma reflexão sobre a sua conduta.

Um Brasil sem corrupção é formado por uma população bem educada e que decidiu parar de ser corrupta. Do contrário, continuaremos sendo um País do jeitinho e com políticos oportunistas que representam muito bem o perfil de seus seus eleitores.

Sugestão prática:

Não proteste apenas nas ruas. Caso você presencie um amigo cometendo algum desvio de conduta, faça uma advertência, proteste. Não aceite nenhum tipo de corrupção. Mostre a ele que você não é cúmplice e que ser malandro não é nada descolado como muitos pensam. Vão chamar você de bitolado, puxa-saco, nerd, dentre outros adjetivos que os espertalhões usam,referindo-se, aos que decidiram fazer o certo. Não se abata, não tenha vergonha. Você está no caminho certo!

Revolução de verdade acontece de dentro pra fora!

#MudaBrasil
#ChangeBrazil

Um comentário:

Guilherme disse...

Publicado no Brasil 247 e Reproduzido no Educação Política

Depois de convocar o Brasil todo para se unir à onda de manifestações pelo país, o Movimento Passe Livre (MPL) deixou o protesto no meio da noite desta quinta-feira na capital paulista.

Em nota divulgada na rede social Facebook na madrugada desta sexta-feira (21), criticam a violência contra grupos que não pertencem ao MPL e que também participaram da marcha de quinta (20) nas ruas de São Paulo.

Segundo o professor Lucas Monteiro, 29 anos, integrante do MPL, o movimento “não abandonou” os manifestantes. “A gente saiu porque a manifestação cumpriu com a obrigação dela, que era de comemorar a redução da tarifa.”

Pedro criticou alguns grupos que estavam na manifestação. “Militantes de extrema direita querem dar ares facistas a esse movimento”, afirmou. Para Lucas, “a hostilidade sempre existiu”.

Leia o texto publicado no perfil do MPL no Facebook:

O Movimento Passe Livre (MPL) foi às ruas contra o aumento da tarifa. A manifestação de hoje faz parte dessa luta: além da comemoração da vitória popular da revogação, reafirmamos que lutar não é crime e demonstramos apoio às mobilizações de outras cidades. Contudo, no ato de hoje presenciamos episódios lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos.
O MPL luta por um transporte verdadeiramente público, que sirva às necessidades da população e não ao lucro dos empresários. Assim, nos colocamos ao lado de todos que lutam por um mundo para os debaixo e não para o lucro dos poucos que estão em cima. Essa é uma defesa histórica das organizações de esquerda, e é dessa história que o MPL faz parte e é fruto.
O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos.
Toda força para quem luta por uma vida sem catracas.
MPL-SP