Déjà Vu do Código de Mineração
      
Por Jeferson Ribeiro - BRASÍLIA, 22 Mai (Reuters) 
O governo deve rever a estratégia 
para aprovação de um novo Código da Mineração, retardando o envio da 
proposta ao Congresso em pelo menos um mês, e pode optar por um projeto 
de lei e não uma medida provisória depois de analisar o cenário político
 adverso, disseram fontes do Executivo.
     
    
      As dificuldades políticas do governo, na avaliação dessas 
fontes, vão desde a difícil relação com os aliados para aprovar medidas 
provisórias de temas polêmicos, que levam a incertezas sobre as mudanças
 que podem ser aprovadas no Congresso, à indefinição sobre como o 
Supremo Tribunal Federal (STF) vai se posicionar sobre a distribuição 
dos royalties de petróleo.
     
    
      O novo Código de Mineração está em debate pelo governo há anos,
 e a presidente Dilma Rousseff tem solicitado diversas modificações, 
mesmo quando os envolvidos na sua elaboração acreditavam que o projeto 
havia sido concluído. Isso fez com que diversas vezes fosse divulgado 
que um novo marco para o setor estaria a caminho do Congresso, sem que 
nunca se concretizasse.
     
    
      Desta vez, aparentemente, o governo teria concluído a proposta 
para enviá-la ao Congresso, mas o cenário político exigiu mais um 
adiamento.
     
    
      "Acho que vamos esperar pelo menos mais um mês para mandar", 
disse uma das fontes do governo ouvidas pela Reuters, pedindo para não 
ter seu nome revelado. Se essa previsão estiver correta, o Código da 
Mineração só seria analisado pelos parlamentares no segundo semestre 
deste ano, pois em julho há o recesso parlamentar.
     
    
      A fonte relatou que o governo teme, por exemplo, que o clima de
 discórdia entre os aliados, em especial no PMDB que é o maior partido 
da coalizão no Congresso, possa levar a uma elevação dos royalties 
cobrados das empresas para patamares inviáveis.
     
    
      O aumento das alíquotas de royalties para exploração mineral a 
níveis considerados exorbitantes, na avaliação do governo, tem grande 
risco de ocorrer no Congresso.
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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