14 de março de 2011

Rendo-me ao Belo


O ocaso não é um acaso...
Diz: eis um pouco da
Aquarela do céu!
Asas ligeiras ou morosas
São espectros das almas
Cujas nuvens são o seu véu...

Uma mãe verte lágrimas
Pelo filho,
De alegria, de paixão, de
Contentamento...
E veste-o com o manto
Do zelo e do carinho...
Este é o amor verdadeiro,
O mesmo do Cordeiro de Deus:
Abnegado, fiel, pleno, eterno,
Completo em si...

Ah! Uma leve poesia
Leva o homem ao êxtase!
Mas um original de Van Gogh
Extasia-nos a borbotão...
Só nos quer grogues.
Haja incontrolável emoção...!

Uma simpatia, um terno olhar...
Uma troca de carícias
Invoca as primícias da paixão.
E com ela a mesquinhez do ciúme
Que une e desune
E que pelo seu fanatismo
Gera o egoísmo, o fatalismo e a dor
Da desilusão...

Os risos e sorrisos
Entre amigos...
Um adeus para os que vão
E voltam...
E lotam nossa vida de graça.
E o frenesi dos que amam
Para sempre...
E que para sempre serão amados...

Belos são meus filhos, meus amigos
Estas canções líricas, as brincadeiras ingênuas,
Uma sincera oração e um violão
Em noite de luar...
O mar pelo seu azul,
E o meu rio pelo seu
Azul do mar.

                              De Paulo Paixão

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