Ó vozes
inquietas
Que não
cansam de clamar!
Por que
não vos querem ouvir?
Passos
que andam nas ruas poeirentas,
No areal
dos subúrbios,
Que mal
fazeis a esta nação,
De
patrões escravistas
Que vos
não querem gente?
Que se passa
na mente deles
Que não
vêem sua ingratidão...?
Ó vozes
que saem em passeata,
Que fazem
piquetes, que grevam,
Mas que
não batem, não matam,
Não
saqueiam os cofres públicos,
Por que
vos querem mudas?
Educais
nossos filhos...
Sois o
prolongamento do
Nosso
lar, da nossa família,
Mas vos
querem caladas e ainda
De
cabeças baixas...
Alheias
ao mundo e desvalidas
Para a
vida!
Não! Não
vos esmoreçais,
Crescei-vos
sobre os lamaçais
Eles
ladram e tripudiam e riem,
Mas vós,
nossos heróis nacionais.
Havereis
de triunfar
Porque
nós pais dos vossos alunos,
Ainda que
lhes contrariando nas urnas,
Ardorosamente
o desejamos!
Paulo Paixão
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