25 de agosto de 2018

TG 190

Não sei quem é o autor...

Um dia usei farda, camuflagem, cantil e fuzil. Cavei trincheiras, marchei em ordem unida. Prestei continência, corri em acelerado. Cantei o Hino Nacional, da Bandeira e da Infantaria. Tirei guarda, fiz faxina, puxei pernoites. Fiz corridinhas mixurucas que não davam nem pra cansar. Aprendi sobre honra, retidão, respeito e confiança e que armas não geram violência e flores não trazem a paz. E sim, as intenções das mãos que as carregam. Aprendi que devemos respeitar Pai e Mãe. Que a família é a base da educação. Hoje minha farda não é mais um camuflado. Algumas fotos já amareladas pelo tempo, me acertam o peito e fazem meus olhos jorrarem. Minha garganta sufocada por um nó de saudade, me lembra que a minha missão já foi cumprida. Que minhas batalhas já não são mais em trincheiras. Do estampido do fuzil nunca me esqueço e ainda sinto o solavanco da chapa da soleira em meu peito. As noites na guarda, ainda estão nas lembranças e os amigos de Companhia em meu coração. Não uso camuflagem, nem mato minha sede no cantil, nem presto mais continência e nem ordem unida. Mesmo assim, minha alma nunca deixará de ser um Soldado.
Homenagem a todos os militares de vocação e aos meus amigos de hoje e sempre!

Selva!

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