O Cadastro Ambiental Rural (CAR) – espécie de carteira de identidade para imóveis em áreas não urbanas – não está cumprindo uma de suas principais funções: conter os desmatamentos ilegais na Amazônia. Segundo dados levantados pelo Imazon, de 2009 a 2014, parte das propriedades do Pará que se inscreveram no sistema continuaram derrubando suas áreas de floresta. Uma vez que um imóvel está na base de dados do CAR, precisa de uma autorização prévia do governo para fazer novas derrubadas. Não é o caso da maioria.O CAR é autodeclaratório e tem duas etapas. Primeiro, o proprietário obtém o registro provisório. Nessa categoria está a maior parte dos imóveis na base de dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará. Eles ainda não foram avaliados ou validados tecnicamente quanto às informações declaradas. E é justamente nessa fase que estão os maiores índices de desmatamento observados. Entre 2009 e 2014, foram 324 mil hectares de florestas abaixo na Amazônia.Fonte: Época
Donos de terras rurais obtêm o CAR definitivo assim que a Semas valida e comprova as informações. Essa é a segunda etapa e apresenta índices de desmatamento bem menores, mas que deveriam ser zero.
Como se nota a obrigatoriedade do cadastro não inibe os "produtores ruraris" de continuar desmatando a torto e à direito.
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