Poderíamos transformar esta análise nos dias atuais? De certa forma, sim.Em sua teoria política, Platão mostra a ditadura como a pior forma de governo. No livro "República",ele mostra como o tirano obtém o poder através da manipulação das massas ingênuas e de como prende, exila e assassina adversários, com o objetivo de transformar o poder político relativo dado pela sociedade em poder absoluto.
Durante este processo de obtenção do poder político absoluto, Platão mostra como o tirano substitui as pessoas de qualidade que o ajudaram a chegar ao poder por pessoas corruptas e assassinas. Ele também cria uma guarda pessoal que tortura e mata sob suas ordens ou de outras pessoas da hierarquia que ele cria. Finalmente, Platão mostra como o tirano recorre a guerras para distrair a atenção do povo de sua ação nefasta com o objetivo de continuar a exercer o poder político (em Wikipedia).
Como nos ensina o professor Samuel Lima, no recente artigo "Dois Brasis antagônicos", publicado pelo Manuel Dutra "Na sociedade contemporânea midiatizada, essa simbiose explosiva entre velhas e novas mídias determina uma produção de sentidos e construção de imagens que raramente tem a ver com o mundo real, presencial. Entre a antiga função de “espelho” e o vetor inverossímil que refrata o real e constrói imagens fakes, simulacros da vida, o papel desse sistema de mídia é cada vez mais sine qua non", a velocidade com que a mídia mostra os avanços e os retrocessos governamentais, esta nos leva a olhar e pensar os governos atuais.
Os adeptos do "toma lá, dá cá" estão nos mostrando que não sabem conviver com as críticas ao despreparo administrativo vigente em Itaituba.
Qualquer notícia que mostre os erros ocorridos torna-se motivo da resposta "você esteve no governo anterior e não fez". Sim, é verdade. Assim como estivemos assistindo e criticando, quando necessário, os erros e omissões nos governos anteriores a este. Mas quem propalou aos quatro cantos deste município que "sabia fazer e ia fazer"?
O que temos a dizer é: as críticas são formas nada amigáveis de mostrar o caminho errado que está sendo trilhado. Vejamos: no caso da desapropriação de uma doação de um local que está sendo útil à comunidade, o poder público deveria ter estudado a possibilidade de outros locais não construídos e improdutivos na área em questão.
Enfim fica a pergunta inicial: existe corrupção política ou é uma caça às bruxas?
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