8 de setembro de 2010

Na onda do Sairé...

Na onda do Sairé...
De Paulo Paixão.  

Mais uma vez, ficamos felizes por vivenciarmos e, realmente, entrarmos na “onda” da tão propalada e famosa, no mundo todo, “a festa do Sairé”. Graças a Deus, meus irmãos Beto e Nicolau Paixão, genuínos artistas santarenos, já fizeram suas malas, afinaram as cordas dos seus violões e vocais, para, o chamado dos nossos dirigentes santarenos e organizadores de tão deslumbrante festa, para apresentarem seus carimbós “tapajoaras” na abertura do consagrado evento.
Trata-se da maior (em todos os sentidos) e grandiosa festa profano-religiosa do oeste do Pará. Com certeza, quando chega esta época, todo povo santareno, (envolvendo todo o seu município e adjacências) como que se eletriza, como se extasia, com o olhar embevecido voltado para Alter-do-Chão: arrumam suas valises, afinam o motor dos seus carros, cuidam da saúde, enfim, aprontam-se para curtirem “de montão” a festa do Sairé, que se trata do orgulho, do deslumbre, da emoção de todos nós santarenos: o ritual dos botos, as lindas praias, o rio de sonhos, a peixada com cheiro-verde e pimenta malagueta.
Todos rumam para Alter-do-Chão, de ônibus, de embarcação, de carro particular, de motocicleta, etc. Querem mesmo entrar “na onda do Sairé”, tomando uma gelada, contando anedotas, galanteando suas maravilhas, namorando, passeando, enfim, curtindo a enseada e o rito dos borari.
Nesta oportunidade, cumprimento meus amigos de farra o Peri “Peripécias”, o Cupu, Bianor Carneiro, o Odilson Matos, o Benjamim, o Marreta, o Bena Santana, o delegado Luiz Paixão, o delegado Germano, o delegado Mota, e a todos os que valorizam magnífica manifestação cultural.
Nem tudo, porém, pode ser só alegria e felicidade. Rogo aos nossos dirigentes que, também, no período “pós Sairé” olhem por Alter do Chão, cuidando de suas ruas, não deixando o resto das estruturas das alegorias da “festa”, (como os vi em julho deste ano) abandonada nas ruas da querida Vila, e, acima de tudo, envidando esforços (máximos) para construir um Sairódromo com estruturas permanentes, eis que todos nós santarenos merecemos uma arena dos botos de “alto nível”, permanente, e de arquitetura linda e singular.
Finalmente, queridos leitores, povo santareno, repudiamos com “nojo”, as palavras arrogantes do político Zenaldo Coutinho, quando zomba, destrata, e tira uma de “déspota”, afirmando e reafirmando sua contrariedade com um dos maiores anseios do povo santareno: a sua libertação! Queremos o Estado do Tapajós já, com ou sem apoio dos políticos que nos detestam!.     

De Paulo Paixão.    

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