Inicialmente, para aumentar o interesse e conhecimento dos que não trabalham ou não estiveram em áreas de garimpos deveremos entender quais são os processos usados na recuperação do ouro.
Durante muito tempo – quando havia uma abundancia no ouro aluvionar de
mais fácil lavra e extração – utilizava-se o processo gravítico (separação por
densidade) seguido da amalgamação por mercúrio. Estes processos consistiam basicamente
em separar o ouro, que tem como característica, a alta densidade em relação aos
demais minerais da ganga, através da concentração gravítica, depois prover a
cominuição – é o processo de tranformação em uma
granulometria adequada ao processo de concentração utilizado - e finalmente
amalgamar com mercúrio. Esta amálgama é levada (ou deveria ser) para um local
fechado e colocado em uma retorta para a sua queima e reaproveitamento do mercúrio
utilizado.
Como não é o escopo deste artigo nos concentraremos em explicar o
processo de lixiviação em pilha, mais conhecido nos garimpos da região como “pia”.
Este processo, que deverá ser acompanhado por um profissional de
reconhecida capacidade técnica e com registro em seu órgão de classe é
executado com o objetivo único de separação e consiste, tipicamente, na
remoção do metal de valor de modo a separá-lo de uma grande massa de ganga
com um beneficiamento mínimo do minério.
Na lixiviação em pilha o material é depositado em forma de montes e permanece a céu aberto. O local de deposição destas pilhas deve ser forrado com lona de PVC para torná-lo impermeável. Para tornar a atividade menos dispendiosa deve se manusear várias pilhas simultaneamente, ou seja, enquanto uma está sendo montada, outra é lavada, outra é neutralizada etc. A duração aproximada do ciclo operacional completo por pilha é de 100 dias, devendo ser evitado o período de chuvas intensas. A solubilização do ouro contido nas pilhas se dá através da percolação de solução de cianeto de sódio – relativo ao fluxo da solução no solo - o qual será transferido e absorvido em filtros de carvão ativado. Através de um processo de eletrólise, o ouro será liberado e seguirá para fundição e montagem dos lingotes. Como forma de maximização produtiva, o carvão ativado pode passar por lavagem ácida e por uma regeneração térmica. Parece bem simples, mas na prática o processo não ocorre assim, de forma tão aparentemente linear.
O cianeto é uma substância comercializada na forma sólida e com ela é preparada uma solução de cianeto de sódio (NaCN) para que possa ser usado posteriormente. Calcula-se que para cada tonelada de minério consuma-se 250 gramas de cianeto para a dissolução do ouro nele presente. Além do cianeto, outras substâncias são necessárias na produção, tais como: soda cáustica, ácido clorídrico, cal virgem etc. O local onde ocorre o processo de lixiviação ou cianetação do ouro é denominado de planta. O processo envolve uma série de técnicas de reações químicas complexas e que por isso exige um rigoroso controle para não pôr em risco a vida dos operadores e, posteriormente, da fauna e flora adjacentes ao local.
Na lixiviação em pilha o material é depositado em forma de montes e permanece a céu aberto. O local de deposição destas pilhas deve ser forrado com lona de PVC para torná-lo impermeável. Para tornar a atividade menos dispendiosa deve se manusear várias pilhas simultaneamente, ou seja, enquanto uma está sendo montada, outra é lavada, outra é neutralizada etc. A duração aproximada do ciclo operacional completo por pilha é de 100 dias, devendo ser evitado o período de chuvas intensas. A solubilização do ouro contido nas pilhas se dá através da percolação de solução de cianeto de sódio – relativo ao fluxo da solução no solo - o qual será transferido e absorvido em filtros de carvão ativado. Através de um processo de eletrólise, o ouro será liberado e seguirá para fundição e montagem dos lingotes. Como forma de maximização produtiva, o carvão ativado pode passar por lavagem ácida e por uma regeneração térmica. Parece bem simples, mas na prática o processo não ocorre assim, de forma tão aparentemente linear.
O cianeto é uma substância comercializada na forma sólida e com ela é preparada uma solução de cianeto de sódio (NaCN) para que possa ser usado posteriormente. Calcula-se que para cada tonelada de minério consuma-se 250 gramas de cianeto para a dissolução do ouro nele presente. Além do cianeto, outras substâncias são necessárias na produção, tais como: soda cáustica, ácido clorídrico, cal virgem etc. O local onde ocorre o processo de lixiviação ou cianetação do ouro é denominado de planta. O processo envolve uma série de técnicas de reações químicas complexas e que por isso exige um rigoroso controle para não pôr em risco a vida dos operadores e, posteriormente, da fauna e flora adjacentes ao local.
Nesta região, o que temos visto é a utilização de métodos parecidos,
por pessoas formadas "nas práticas", mas sem nenhum conhecimento técnico do
assunto. Ocorre, então, um desperdício de material, a má utilização dos
componentes e um perigo real de morte por contaminantes.
Alguns pesquisadores já detectaram que o cianeto, nas suas formas mais
estáveis são menos tóxicos ao meio ambiente. No entanto, se não forem tratados
de forma conveniente transformam-se em riscos potenciais ao meio ambiente e seu
principal local de deposição final é a água, nas formas superficiais – o que afetaria a fauna e flora aquática
– e as águas subterrâneas.
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Bibliografia Consultada:
Caheté, Frederico Luiz S. - A
EXTRAÇÃO DO OURO NA AMAZÔNIA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O MEIO AMBIENTE.
Disponível em http://www.periodicos.ufpa.br/index.php/ncn/article/view/14/13.
Acessado em 07/04/2010.
Souza,
L.C.D. et al - CONSEQÜÊNCIAS DA ATIVIDADE GARIMPEIRA NAS MARGENS DO RIO PEIXOTO
DE AZEVEDO NO PERÍMETRO URBANO DO MUNICÍPIO DE PEIXOTO DE AZEVEDO – MT.
Disponível em http://eduep.uepb.edu.br/rbct/sumarios/pdf/25peixoto.pdf.
Acessado em 08/04/2010.
Um comentário:
Parabens pelo artigo, Jubal, preciso e objetivo.
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