Estava, na verdade, procurando um "mote" para tal.
Acabei encontrando dentro de minha vida.
Dia desses saí pra jantar com uma companhia e, ao passar em frente ao posto de combustível do qual me denominaram "gerente ambiental" (mas sem receber nada por isso) deparei com uma cena inusitada.
Flashback: no domingo anterior preparamos, juntamente com o Corpo de Bombeiros local, um treinamento de combate a incêndios e primeiros socorros aos funcionários, com aulas teóricas e práticas sobre o assunto. Todos participaram.
Continuando o papo. No posto, bem em frente às bombas e tanques, um cidadão, tranquilamente fumava seu cigarrinho e batia um papo legal com o "bombeiro", que mais havia pegado no fogo. Olhei pra ele e fiz um sinal clássico com as mãos: "E agora"? Ele havia esquecidos das instruções anteriores! O rapaz, ao ser advertido, rapidamente apagou o cigarro e ficou encabulado.
O caso, apesar de gravíssimo, por colocar em risco a vida deles e o empreendimento reflete como anda nossa preocupação com o que acontece diariamente.
Ninguém se preocupa com o que está ao nosso redor. E, se tentamos nos incomodar (aqueles que valorizam a sua vida e a de seus pares) as pessoas ao redor nos olham com desdém e achando que somos "big-brother" da vida.
Bem diz o Chato neste post "Há muito mais entre o filosofar e o agir, do que ousamos sonhar!" Descobrimos, aos poucos, que é mais fácil ser uma sombra na multidão do que mostrar a cara e tentar mudar a posição "não tô nem aí" dos nossos. Ser diferente se incomodando!
Mas como fazer isso? Como mudar a forma de agir das pessoas que sentem vergonha em mudar?
O final do post do Chato nos chama atenção para isso:
Radicalmente contra? Nem pensar!Há muito mais entre o filosofar e o agir: existem as crenças e valores que adotamos. Devemos oferecer um caminho prático para que as pessoas primeiro acreditem que mudar é possível e que a mudança não lhes causará prejuízo (as pessoas não mudam pensando nas vantagens que poderão obter e, sim, nos prejuízos que poderão evitar); segundo, que queiram mudar, por verem que uma nova crença - esta sim, baseada em uma "ética do cuidado, da compaixão, da cooperação e da responsabilidade universal" é boa para todos; terceiro, que seja um exercício (agir) que se adpte facilmente a vida das pessoas e não algo radical como muito das propostas que andam por aí. Precisamos contruir esse caminho prático, que nos fará sair do filosofar e passar para o agir. O mundo está sendo destruído pelos que fazem e não pelos que pensam.
Sempre a favor? Negativo!
Há de se encontrar o ponto de equilíbrio entre o agir sem vontade e o filosofar sem pensar. E a educação ambiental diuturna é o caminho mais indicado.
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