8 de janeiro de 2009

Um Ano Bom...

A Amazônia fecha o ano com saldo positivo quando o assunto é a mineração. Porém, o desempenho da indústria mineral na Amazônia em 2008 foi marcado por dois períodos bastante distintos. No primeiro, de janeiro a agosto, conseguiu prosperar mesmo com os efeitos da crise econômica mundial. Depois disso, foi preciso ajustar o setor para atender a uma menor demanda.

Foi o que divulgou o Coordenador do Ibram da Amazônia, André Reis. "De janeiro a outubro de 2008, os números oficiais ainda mostram o crescimento na exportação mineral da Amazônia. No Pará, por exemplo, a exportação de ferro cresceu 12% em toneladas, auferindo 3,1 bilhões de dólares em divisas", explicou.

Segundo ele, nos primeiros oito meses de 2008, observou-se um excelente desempenho na produção e exportação mineral da Amazônia. No comércio exterior, a exportação da indústria extrativa cresceu 58% no referido período. A indústria de transformação mineral, responsável pela produção de ferro gusa, alumina e alumínio, cresceu 13% no mesmo período.

No entanto, a partir do agravamento da crise em setembro, observou-se uma onda de incerteza no mercado financeiro mundial, que culminou em um efeito em cadeia.

"A retração no crédito originou uma queda na demanda internacional e, consequentemente, nas cotações das commodities minerais. Face ao novo cenário, a indústria mineral será obrigada a ajustar a sua oferta à uma menor demanda, o que implicará em um nível menor de produção, com os efeitos negativos sobre emprego e renda na região", ressaltou o coordenador.

Em síntese, a Amazônia Legal respondeu por 27% da exportação mineral nacional até agosto de 2008, com destaque para os desempenhos do Pará e Maranhão que, juntos, representaram 26% do total nacional.

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