8 de janeiro de 2009

Retomada de Crescimento

O ano de 2009 será desafiador para as empresas de mineração e siderurgia, fortemente atingidas pela virulência da crise dos mercados desde o segundo semestre de 2008, que congelou o crédito bancário e contaminou a economia real. O "tranco" foi tão violento que paralisou a demanda por minério de ferro, levando a Vale do Rio Doce, maior produtora do insumo, a cortar 10% na sua produção de 300 milhões de toneladas anuais, enquanto as usinas de aço apelaram para a mesma estratégia ao ver os preços dos seus produtos despencarem em média quase 50%.

O volume de vendas está muito ruim em todo o mundo e a queda da produção de aço é significativa. Silvio Tini, acionista da Buritirama e da Paranapanema: mercado de minério vai continuar volátil e pouco demandado. No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), informam que o parque siderúrgico produziu em novembro 2,3 milhões de toneladas de aço bruto, volume que, anualizado, equivaleria a 27 milhões de toneladas ante uma capacidade instalada de 41 milhões de toneladas. O que mostra que no fim de 2008 o setor siderúrgico brasileiro estava operando com ociosidade de 30%, o maior índice desde o Plano Collor, em 1990, como destaca o especialista em commodities, Germano Mendes de Paula, economista e professor do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia.

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