O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve esclarecer os grampos da Abin em gabinetes do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo. "A Corte vai se reunir para decidir que providências tomar depois da confirmação do grampo", declarou Gilmar Mendes neste sábado, 30.
O presidente do STF disse que o País vive "um quadro preocupante de crise institucional." De acordo com matéria publicada pela revista Veja desta semana, o gabinete de Gilmar Mendes foi grampeado por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em nota, a agência anunciou que deve instalar uma sindicância interna para apurar os grampos ilegais.
"O próprio presidente Lula deve ser chamado às falas", disse Mendes. O presidente do Supremo afirmou que recebeu um telefonema na manhã deste sábado do vice-presidente do Supremo Cezar Peluso e, a partir disso, tomou a decisão de convocar uma reunião com os outros dez ministros do Supremo já na segunda-feira, 1º.
Mendes afirmou ainda que, com os grampos, há uma "prática continuada, reiterada de violação dos termos da Constituição." De acordo com a revista, também foram grampeados o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Álvaro Dias (PSDB-PR), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Tião Viana.
Mendes declarou que vai exigir uma investigação enérgica e medidas sobre o caso. Segundo ele, o que se praticou foi um crime muito grave e que há um "descontrole no aparato estatal" do País.
O presidente do STF manifestou grande preocupação em relação a um "Estado policialesco" que está se instalando no País. Por fim, Mendes confirmou o conteúdo da conversa que teve com o senadores Demóstenes Torres o que, para ele, dá sinais evidentes de que seu telefone foi grampeado. (Leia mais).
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