Mas seria motivo de celebrar o que?
Alguns lembram os nossos dissabores em relação à escassez de água ou aos diversos problemas advindos de sua ausência.
Segundo o II Relatório das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Mundial da Água de 2006, Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), Conselho Mundial da Água, alguns fatos são decepcionantes:
- a escassez de água se caracteriza quando a disponibilidade de água é inferior a 1.000 metros cúbicos diários por pessoa. Muitas regiões sofrem com uma escassez crônica, que ocorre quando a disponibilidade de água é inferior a 500 metros cúbicos por pessoa;
- o consumo de água sextuplicou no século XX, mas a distribuição per capita hoje está despencando. Nos anos 1950, o consumo era de 16.800 metros cúbicos por pessoa. No ano 2000, era de 7.300 metros cúbicos. Em 2025, quando a expectativa é de que a população mundial seja de oito bilhões de pessoas, será de 4.800 metros cúbicos por pessoa;
- o consumo de água em áreas residenciais varia de 10 a 20 litros diários por pessoa na África subsaariana, 200 litros na Europa e 350 litros na América do Norte e no Japão;
- o crescimento populacional, o desperdício e a contaminação industrial são as maiores causas de escassez da água;
- em 2025, dois terços da população mundial viverá em países com sérios problemas de abastecimento de água, especialmente no norte da África, no Oriente Médio e no extremo Oriente;
- a disputa por fontes de água tem um enorme potencial para criar conflitos, à medida que países e até mesmo regiões dentro de um país, brigam pelos direitos de extração de rios e lagos;
- a mudança climática elevará significativamente a pressão sobre os recursos hídricos, já que mudará os padrões de chuvas e encolherá a cobertura de neve e gelo que alimentam os rios.
Por aqui, o cuidado é mínimo. E este plano (a ser observado) do Governo Estadual não vai deixar a população tão aliviada.
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