24 de janeiro de 2007

As Sem-razões do Amor

Prá que explicar? Para quem amo.
(C. Drummond de Andrade)

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tão bom entrar aqui e ver um poema tão bonito, o blog com ar fresco e renovado, vida...

Deixo-te um bjinho e até sempre!