É tenso o clima nas tribos indígenas do município de Jacareacanga, na região da Transamazônica. Na região, há aproximadamente 10 mil índios mundurukus, espalhados por 105 tribos que estão enfrentando sérias dificuldades na área de saúde. O problema é que um convênio, assinado entre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a Prefeitura (ainda na gestão municipal passada), garantia o repasse de R$ 2,7 milhões para serem usados em ações básicas de saúde. Mas, com a nova gestão, o convênio (que acabou no último dia 1º) foi retirado da Prefeitura e transferido para a ONG Fundação Esperança, em Santarém. Por causa disso, a situação é crítica no município.
De acordo com o gestor municipal, Carlos Alberto Veiga, não está havendo atendimento de emergência nos oito pólos básicos indígenas; não há recursos para compra de combustível (no caso das remoções) e nem para pagar os 104 funcionários. Veiga teme que a situação acabe provocando revolta nas tribos, já que as lideranças indígenas realizaram até manifestações, em frente à Câmara Municipal, solicitando a volta do convênio.
Dentre os manifestantes estavam o cacique Biboi, capitão Nezinho, Zé Crinxi, Isaias Crinxi, Venâncio Puchun e Antônio Cosmo. Eles defendem a permanência da administração do convênio pela Prefeitura. “Em Santarém não há nem índio. O que essa ONG vai fazer por nós”? Questiona o cacique Biboi.
Mesmo com as dificuldades, a garantia de Veiga é de que a Prefeitura não deixará de atender às necessidades primordiais dos índios. “Não podemos deixar que a situação se agrave mais ainda. Vamos fazer o possível para atender as necessidades básicas”, ressaltou.
COMENTÁRIO:
Devo "consertar" esta notícia por partes:
- Não existe tribos indígenas. É uma nação munduruku.
- Mesmo que aparente não ter competencia para gerenciar o Convênio FUNASA/PMJ, a administração municipal local tem RESOLVIDO todos os problemas indígenas. Quando há necessidade de retirar os indígenas doentes das aldeias é feito imediatamente. Ninguem perguntava se podia aguentar mais um dia ou mais uma hora: era acionada uma aerovane ou "voadeira" e feita a transferencia para a sede do Municipio ou para Itaituba.
- Ninguém, nenhum comerciante vai vender a prazo para a Fundação Esperança em Jacareacanga. Vendiam para a Prefeitura, que atrazava o pagamento porque a FUNASA atrasava o repasse, mas os comerciantes locais confiavam na Prefeitura. A Fundação Esperança só vai comprar se pagar adiantado e aí os índios vão bagunçar o coreto.
- O Cacique Biboi é o cacique geral dos munduruku. Está velho, mas não está gagá e é respeitadíssimo por lá. Entre os manifestantes só existe gente grande. Não acredito que vá dar certo esta administração da Fundação Esperança. É mais uma "esperança que morre"!
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