Raimundo Moraes Pinheiro tinha problemas com grileiros de terra em uma área da rodovia Santarém-Cuiabá, no sudoeste do Pará, e foi assassinado na sexta-feira à tarde, com um tiro no peito. Ele havia saído para caçar. O corpo somente foi removido da mata no sábado. Ex-presidente da Associação de Moradores do Moju, Raimundo liderava uma comunidade de famílias sem terra que luta pela regularização dos lotes há mais de cinco anos. A região onde o lavrador foi assassinado é um local de disputa acirrada por extensas áreas de terra. Famílias que há décadas moram no interior da floresta estão sendo expulsas por grupos armados a serviço de empresas madeireiras. Grileiros oriundos do vizinho Estado de Mato Grosso também atuam na compra e venda de terras com documentos falsificados em cartórios dentro e fora do Pará. No lugar na floresta, devastada todos os dias, estão surgindo campos de soja. No começo da semana passada, os 1.800 homens do Exército deslocados para o sudoeste paraense depois do assassinato da missionária Dorothy Stang voltaram aos quartéis. Apenas 120 fuzileiros ficaram em Anapu, onde a freira atuava.
COMENTÁRIO PESSOAL:
Estamos aguardando notícias urgentes deste tipo: "Foi deslocado, por determinação do Presidente da República e do Ministro da Justiça, um contingente político- militar para apurar a morte do lavrador RAIMUNDO MORAES PINHEIRO, ex-Presidente daAssociação dos Moradores do Moju."
Para apurar a morte da freira em Anapu fizeram muito mais que isso. E agora? O nosso cidadão, brasileiro, casado, pai de família vai ter as mesmas prerrogativas? Com a palavra a OAB e demais movimentos de presewrvação da vida.
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