Nestes últimos dias ocorreram crimes hediondos no Brasil.
Se praticados por facções criminosas ou não continuam sendo furiosamente indignos da raça humana.
A partir destes atos, diversas discussões se efetivaram em todo o país, procurando saber as causas e consequências e, também, causando espanto por ter "iniciado" em um presídio amazonense (os crimes ocorreram inicialmente onde o Sul Maravilha não considera Brasil) com deturpações oficiais, oficiosas e pessoais deste caso. Ministros, políticos de toda estirpe, e até o Presidente, fizeram declarações impróprias sobre o problema, que vem sendo avisado há décadas, sem apresentar uma solução viável: a educação, como disse em 1982, o guru Darcy Ribeiro ""Se os governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro
para construir presídios".
O grande problema ou a problemática é mais curiosa: ninguém se sente em paz com a atual política de segurança mostrada no país. Os servidores do setor alegam que não tem pessoal disponível para efetuar seu trabalho; o povo alega que não existe o serviço. E os mais exaltados apelam para o que tem ou como podem para resolver seus problemas.
No ultimo dia do ano, meu veículo (já tão idoso quanto eu) foi depredado por um cidadão alcoolizado. Procurei a Polícia Civil e Militar para uma providencia e em ambos os casos ouvi o lenga-lenga: "Não podemos fazer nada por falta de pessoal e por excesso de casos denunciados. É só dano material." Se tivesse havido um delito de agressão ou um homicídio haveria alguma manifestação policial por falta de pessoal ou excesso de casos ocorridos?
E, pra piorar, nestes primeiros dias do ano todos os adeptos de novos governos municipais tem, com ênfase, apresentado as deficiências e falhas dos antigos gestores na gestão municipal, com repetição secular das prováveis desculpas por não poder fazer mais pela população que apostou em um novo gestor. Nada desculpa a ausência de responsabilidade do antigo gestor, mas ouviu-se com destaque em todos os planos de governo e palanques que suas novas propostas seriam "arrumar a casa e fazer um governo diferente", além de trabalhar com afinco e sem descanso. A mudança de atitude nos novos governos deve ser aplaudida com vigor, mas a viralização da culpabilidade dos ex-gestores não pode servir de desculpas em momento próximo.
Então, aconselho a todos que diminuamos esta sanha assassina inicial em criminalizar o mais próximo, pois o dia de amanhã pode ser repetição do passado. Às vezes nem muito longínquo...
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