O ex-presidente da Metamat (Companhia Mato-Grossense de Mineração ), João Justino Paes de Barros, que comandou a autarquia desde o governo de Blairo Maggi (2003), firmou termo de delação premiada com uma junta de delegados da Defaz (Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública). Ele passou boa parte da semana passada depondo na sede do órgão de polícia.
Segundo o portal O Documento apurou, com exclusividade, Justino revelou aos delegados da Defaz como se deu, no final de 2014, negociação fraudulenta para liberação de área de mineração no interior de Mato Grosso. O esquema teria gerado prejuízo de aproximados R$ 10 milhões aos cofres públicos.
De acordo com informações de uma fonte muito confiável, Justino teria seguido ordens expressas do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), e também do ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, ambos presos no Centro de Custódia da Capital, para legalizar, em tempo recorde, a “papelada” de área rica em mineração. Posteriormente uma empresa que também integrou o esquema criminoso, recebeu duas ordens de pagamentos da secretaria estadual de Fazenda (Sefaz), no apagar das luzes da administração passada.
Para a fonte de O Documento, o esquema montado na Metamat, ainda na gestão do ex-governador Silval Barbosa, tem o mesmo modelo criminoso seguido no Instituto de Terra de Mato Grosso (Intermat), que resultou na deflagração da terceira fase da Operação Sodoma.
João Justino é economista e assumiu a Metamat numa articulação do ex-deputado estadual, João Malheiros (PR), primo dele. Além de Justino, os ex-secretários de Administração, César Zílio e Pedro Elias também fizeram delação premiada. Com isso, a vida jurídica do ex-governador fica a cada dia ainda mais complicada.
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