O acervo bibliográfico da Casa Memória do Oeste do Pará (CMOP), inaugurada
no início do mês de fevereiro (05/02), deve começar a ser catalogado somente após
o carnaval, segundo o secretário do Instituto
Histórico e Geográfico do Tapajós (IHGTap), jornalista Jota Ninos,
responsável pelo funcionamento do local. “Estamos aguardando a definição de
pessoas que darão expediente no local, para que o processo de catalogação e armazenamento
dos livros e outros objetos históricos, seja iniciado e concluído e o espaço
possa ser aberto ao público”, afirma.
No momento, dois membros do IHGTap
vinculados à Semed e à Seduc, aguardam a liberação destes órgãos para atuar na
sede, como parte de um convênio de colaboração interinstitucional. A intenção é
que até o final de março, ou no mais tardar no início de abril, a CMOP possa
começar a receber visitações.
“A diretoria
do IHGTap ainda vai definir, também, as regras dessas visitas – afiança Ninos –,
mas a intenção é facilitar o acesso ao acervo principalmente a jovens
estudantes e pesquisadores da região, bem como a pessoas interessadas em
conhecer um pouco da história regional, num espaço de localização privilegiada
em frente ao rio Tapajós”, referindo-se ao prédio histórico localizado na
avenida Adriano Pimentel, 80, em frente à praça Manoel Moraes.
Reforma - A casa foi morada, no século
passado de Ruy Guilherme Paranatinga
Barata (nascido aqui em 25/06/1920 e faleceu em São Paulo em 23/04/1990).
Durante sua vida, Ruy Barata desempenhou várias funções, como advogado,
escritor, cartorário, jornalista, poeta, professor e político. Agora será sede
do IHGTap, instituição fundada em 2012. O espaço foi alugado e reformado pela
Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Cultura (SEMC), no
compromisso firmado pelo prefeito Alexandre Von, que é presidente de honra do
instituto. “O governo municipal entregou o prédio à instituição, que passa a
existir de fato e de direito, através deste espaço, onde haverá produção de
conhecimento pautado na prática científica, que vai conservar, recontar e
resgatar, o que Santarém tem de mais precioso, sua historicidade” destacou o
secretário de Cultura, Nato Aguiar, no dia da inauguração.
Acervos - “No momento, a sede continua
recebendo doações de livros de autores locais e de instituições, bem como
acervos bibliográficos particulares”, diz Ninos. O maior dos acervos é do
próprio presidente da entidade, padre Sidney Canto, que doou cerca de 500
livros de sua biblioteca particular para a CMOP. O Instituto Cultural Boanerges
Sena (ICBS), através de seu diretor e pesquisador Cristóvam Sena (que é membro
do IHGTap), também doou uma quantidade expressiva de livros e mapas antigos. Além
disso, há as revistas e livros já produzidos pelo IHGTap nestes três anos de atividades.
Outras doações
vieram do Instituto Histórico e
Geográfico do Brasil (IHGB) e da Biblioteca
Nacional. Grande parte de todo o acervo tem o foco na temática de História
e Geografia, mas há livros com outros temas, principalmente de literatura, como
romances, contos e poesias. “Quem ainda quiser doar livros de coleções
particulares ou de autoria própria, pode entregá-los no local assim que começar
o trabalho interno, após o carnaval”, finalizou o secretário.
O IHGTap, além
da biblioteca, terá em breve um site com obras e fotografias digitalizadas,
para a consulta de todos.
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