Foram divulgadas nessa segunda feira, na
página 3 do jornal Folha de São Paulo, na seção Tendências e
Debates, duas opiniões distintas a respeito da pergunta
colocada: houve avanço nas medidas antienchente?
O primeiro
artigo, o do ''Sim'', é do Ministro da Integração Nacional, Fernando
Bezerra Coelho.
O segundo artigo, do ''não'' é de
autoria do geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos.
SIM
Ao nos depararmos
sobre o tema da prevenção a desastres naturais, uma questão deve
ser colocada como primordial e ponto de largada de qualquer
análise: o fato de termos um passivo imenso nessa área.
O deficit
histórico do Brasil no investimento em políticas públicas para a
habitação, mobilidade e saneamento se formou nos últimos 30
anos, sobretudo nas décadas perdidas de 80 e 90, quando, pela
deficiência de investimentos públicos, populações foram ocupando
de forma irregular áreas sujeitas a risco de desastres naturais.
NÃO
Em que pesem as
meritórias iniciativas que resultaram na aprovação da ótima lei
que instituiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e
na mobilização de órgãos públicos para o apoio a ações de gestão
de riscos geológicos e geotécnicos, efetivamente muito pouco se
avançou na redução da probabilidade de ocorrência de novas e
devastadoras tragédias associadas a deslizamentos de encostas e
enchentes.
Essa grave
constatação é ilustrada pelo fato de nem ao menos ter-se
conseguido estancar o principal fator causal dos problemas, qual
seja a continuidade da ocupação urbana de áreas de muito alto
risco geológico, como encostas de alta declividade e margens de
rios.
E você, o que acha do assunto?
Temos alguma medida de prevenção aqui no município?
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