José Reynaldo Bastos da Silva, Celso Dal Ré Carneiro
O Estado de S.Paulo
Ao contrário do
que propagam, o planeta Terra tem hoje temperatura média de 15º C e está numa
era interglacial. Ainda não é possível afirmar quando terá início nova
glaciação. Portanto, a Terra está em desaquecimento global... com oscilações.
O tema do
"aquecimento global" aparece com tal frequência na mídia que muitas
pessoas creem plenamente na veracidade do fenômeno e na principal causa
admitida, a de que o dióxido de carbono o determina. Isso exemplifica como um
tema científico não deve ser tratado, porque houve perigosa mistura de
interesses políticos, econômicos e sociais, à parte problemas e desafios de
conotação essencialmente científica.
Consideremos a
complexidade e a variedade de fatores determinantes do clima na Terra.
Há 18 mil anos
começaram a diminuir os efeitos severos da última era glacial. Sob clima frio e
seco, grandes massas de gelo ocupavam parte expressiva dos continentes no
Hemisfério Norte, onde vagavam mamutes e mastodontes. Em fins dessa era, o
nível dos oceanos subiu cerca de cem metros. Com o derretimento e diminuição
das geleiras, a temperatura média da superfície global aumentou, no máximo, 5°
C.
Falaciosos,
retóricos ou bombásticos são os temas de aquecimento global atribuídos ao
efeito estufa: degelo dos polos, extinção do urso polar, alçamento do nível do
mar, inundação de partes das cidades costeiras, variações de frequência e
intensidade de eventos climáticos e alterações em regimes regionais de chuvas.
Estão em voga porque a velocidade dos fenômenos climáticos é infinitamente mais
rápida que a dos fenômenos estritamente geológicos. Enquanto aqueles se sucedem
em segundos, estes envolvem, no mínimo, milhares de anos, no caso das
glaciações; milhões e até bilhões de anos para mudanças substanciais, como
separação e colisão das placas tectônicas que sustentam os atuais continentes.
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