Sobre este episódio lastimável que ocorre nos estados sulinos, todos acham que encontraram a "culpa" mais adequada.
As chuvas torrenciais que desabaram sobre Santa Catarina e que levou a desastres estruturais na zona urbana e rural trouxe à tona as discussões sobre mudanças climáticas. Uns acham que o desmatamento na Amazônia é a causa principal, outros acham que é o problema social e alguns encontram a resposta na falta de planejamento governamental.
Fico, em parte, com estes últimos. Explico meu ponto de vista.
Vamos recordar o desastre ambiental que ocorreu nos Estados Unidos, quando cidades inteiras foram devastadas pelo Katrina. Exemplo foi Nova Orleans, no Mississipi, uma das cidades mais visitadas pelos turistas e que foi completamente inundada, perdendo grande parte de seu patrimonio cultural e artístico, em agosto de 2005. Até hoje tenta se recuperar deste desastre. Provavelmente uma falta de planejamento urbano somado a um desastre temporal levou a isto. Ou quem sabe um pensamento de que "isso nunca acontecerá conosco" tenha ocorrido por lá.
Há vários anos os mesmos sintomas catastróficos ocorrem nesta região do Brasil E nenhum planejamento foi feito para evitar o problema. Sabemos que é mais que necessário investir também nos fatores sócio-econômicos que são - conjuntamente - responsáveis pela sequencia de catástrofes naturais, pensar a infra-estrutura urbana local e regional, onde um planejamento nas áreas predispostas a inundações e uma rígida limitação ao uso do solo nas perigosas e traiçoeiras encostas diminuiria o custo passional (sofrimento pelas perdas de familiares) dos moradores e o custo economico do governo.
Então, somente o "olhar e pensar" urbano resolveria o problema? Não!
É claro que os investimentos ambientais tem que ser privados, também. Afinal, quanto é a contribuição ambiental das indústrias nacionais neste episódio? Quanta emissão de gases do Efeito Estufa são lançados na atmosfera anualmente pelas indústrias locais? Haverá um plano de reflorestamento nesta região para diminuir os deslizamentos de terra? Muitas perguntas pra poucas respostas.
Em relação ao reflorestamento no Sul/Sudeste do país, o mesmo existe pela necessidade de prover a indústria siderúrgica, que precisa de imensas quantidades de madeira para se manter viva, mas não significa que haja a obrigação dos grandes proprietários de terras de plantar novas árvores. E o deflorestamento aumenta com as invasões de terras públicas pelos integrantes do MST e com o invejável plano de acomodação de migrantes, estabelecido pelo INCRA (eles chamam de assentamento rural).
E ainda lemos que o governo de SC quer diminuir a área do parque estadual da Serra do Tabuleiro!
************************************
Atualizado em 02/12/2008 às 06:44 hs
Leia mais sobre este desastre neste artigo de Luciano Pizzatto.
As chuvas torrenciais que desabaram sobre Santa Catarina e que levou a desastres estruturais na zona urbana e rural trouxe à tona as discussões sobre mudanças climáticas. Uns acham que o desmatamento na Amazônia é a causa principal, outros acham que é o problema social e alguns encontram a resposta na falta de planejamento governamental.
Fico, em parte, com estes últimos. Explico meu ponto de vista.
Vamos recordar o desastre ambiental que ocorreu nos Estados Unidos, quando cidades inteiras foram devastadas pelo Katrina. Exemplo foi Nova Orleans, no Mississipi, uma das cidades mais visitadas pelos turistas e que foi completamente inundada, perdendo grande parte de seu patrimonio cultural e artístico, em agosto de 2005. Até hoje tenta se recuperar deste desastre. Provavelmente uma falta de planejamento urbano somado a um desastre temporal levou a isto. Ou quem sabe um pensamento de que "isso nunca acontecerá conosco" tenha ocorrido por lá.
Há vários anos os mesmos sintomas catastróficos ocorrem nesta região do Brasil E nenhum planejamento foi feito para evitar o problema. Sabemos que é mais que necessário investir também nos fatores sócio-econômicos que são - conjuntamente - responsáveis pela sequencia de catástrofes naturais, pensar a infra-estrutura urbana local e regional, onde um planejamento nas áreas predispostas a inundações e uma rígida limitação ao uso do solo nas perigosas e traiçoeiras encostas diminuiria o custo passional (sofrimento pelas perdas de familiares) dos moradores e o custo economico do governo.
Então, somente o "olhar e pensar" urbano resolveria o problema? Não!
É claro que os investimentos ambientais tem que ser privados, também. Afinal, quanto é a contribuição ambiental das indústrias nacionais neste episódio? Quanta emissão de gases do Efeito Estufa são lançados na atmosfera anualmente pelas indústrias locais? Haverá um plano de reflorestamento nesta região para diminuir os deslizamentos de terra? Muitas perguntas pra poucas respostas.
Em relação ao reflorestamento no Sul/Sudeste do país, o mesmo existe pela necessidade de prover a indústria siderúrgica, que precisa de imensas quantidades de madeira para se manter viva, mas não significa que haja a obrigação dos grandes proprietários de terras de plantar novas árvores. E o deflorestamento aumenta com as invasões de terras públicas pelos integrantes do MST e com o invejável plano de acomodação de migrantes, estabelecido pelo INCRA (eles chamam de assentamento rural).
E ainda lemos que o governo de SC quer diminuir a área do parque estadual da Serra do Tabuleiro!
************************************
Atualizado em 02/12/2008 às 06:44 hs
Leia mais sobre este desastre neste artigo de Luciano Pizzatto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário