12 de abril de 2008

Tráfico silvestre e Quadrilha internacional

No Salada Verde, o Pará na crista da onda:

A comerciante Lilaz de Souza Loureiro foi denunciada esta semana à Justiça, pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA). Ela estava exportando partes de animais silvestres, disfarçando a maracutaia como artesanato indígena. Ela foi processada por contrabando, receptação de produto de crime e por formação de quadrilha. Se for condenada, pode emplacar de três a 15 anos de cadeia. Em maio de 2004, a Polícia Federal encontrou em sua residência, em Belém, pedaços de animais registrados como artesanato para que pudessem chegar ao Exterior. Artesanato com partes de animais silvestres só pode ser exportado para intercâmbio científico e cultural e com autorização da Fundação Nacional do Índio.

Na época da apreensão, segundo o MPF/PA, a acusada integrava uma quadrilha chefiada pelo norte-americano Milan Hrabovski, que, através das suas empresas Rain Forest Crafts e Tribal Arts, sediadas na Flórida (EUA), encomendava artefatos indígenas com plumas, garras, presas e ossos de animais silvestres brasileiros. Seus colaboradores no Brasil atuavam principalmente no Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia e no Distrito Federal. O procurador da República Fernando José Aguiar de Oliveira registra na denúncia que também participavam do esquema servidores da Funai, do Ibama e pessoas ligadas às lojas Artíndia, do departamento de artesanato da Funai. Contra esses outros envolvidos, as denúncias terão que ser feitas na Justiça Federal do estado de origem de cada um deles
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