"Vinte e três lideranças indígenas representantes das 107 aldeias Munduruku do município de Jacareacanga ocuparam ontem, 13, a sede do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do Tapajós, em Itaituba. Pertencente à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o distrito abrange as regiões do médio e alto rio Tapajós e administra as ações de saúde em 116 aldeias. A ocupação, que começou às 18 horas, foi a maneira encontrada pelas comunidades para prestar solidariedade ao atual diretor do distrito, Raimundo Rosilvado Pereira, que estaria prestes a ser exonerado. Os indígenas querem a permanência de Raimundo Rosilvado no cargo. O coordenador da Associação Indígena Pussuru, o índio Munduruku José Ermiliano, não é de hoje que a Funasa vem tentando substituir o atual chefe do Dsei Tapajós. 'A situação já vem de algum tempo, mas nõs não queremos a saída de Rosilvado. Ele está no cargo há dois anos e vem fazendo um bom trabalho. Ele quer ajudar a população indígena e sempre ouve as comunidades. Ele faz um trabalho junto com os índíos, ouvindo os índios', explica a liderança, acrescentando que os indígenas não vão aceitar a interferência dos 'políticos brancos na vida dos índios'. 'A comunidade indígena é quem diz o rumo que quer para saúde nas aldeias', acrescenta Ermiliano".
O problema é da esfera política. Os indígenas que prestam a solidariedade a Rose sabem que o proximo administrador da FUNASA no DSEI Tapajós poderá não contemplá-los com a mesma presteza de antes. Mas muita coisa poderá melhorar, inclusive na assistencia médica e social, que é precária. Não adianta só dar combustível e viagens para aplacar a ira deles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário