2 de outubro de 2007

Que Vergonha!

Além de turista acidental, o vice governador do Pará, Odair Correa poderá incluir outros penduricalhos nada agradáveis ao seu currículo. Emocionalmente dependente de passeios às custas do erário, algumas vezes para receber comendas de câmaras municipais fins de semana afora, noutras fazendo figuração em helicóptero, ou ainda sapateando em casas noturnas - mas sempre com truculenta e espalhafatosa segurança - Odair largou às traças a única missão e espaço político que logrou obter no governo, o Banco do Cidadão.

Traças, como é sabido, adoram comer papel, incluíndo papel moeda. Vai daí que o banco já contabiliza, digamos, mais empréstimos que cidadãos. São várias as operações prá lá de irregulares, desde a concessão de créditos fictícios até a fictícia manutenção, em Nova Déli, de um veículo do Banco que roda em Santarém. Algumas dessas operações teriam sido alvo de tentativas mal sucedidas de cancelamento nos computadores do banco, num final de semana, uma espécie cybertraça ataque. O buraco, segundo avaliações preliminares que chegaram ao blog, pode passar dos R$ 100 mil. Ao ver a coisa preta, o rei da milhagem quase foi aos prantos, tentando abafar o caso. Entre uma viagem e outra, depois que viu a enrascada em que se meteu, e ao Banco, Odair afastou parte dos lepidópteros - seis exemplares - mas até ontem não havia nenhuma notícia de inquérito administrativo para apurar os delitos, embora um BO tenha sido registrado na DIOE. Fonte do blog diz que Odair procura Susan desesperadamente, para pedir sua demissão do tamborete, antes que ela o faça - como deve fazer - repetindo a dose ministrada ao coronel Coelho, à equipe priantesca da SESPA, e outras traças menos votadas, embora não menos danadas, que já tomaram o rumo do olho da rua. Há denúncias, ainda, dando conta que os carros do tamborete circulam furiosamente nos finais de semana, mas em clubes, supermercados e outras localidades onde a cidadania é, com efeito, muito aprazível. O que antes era folclórico, pitoresco e ridículo, agora pode ser improbo, e certamente incapaz e negligente.

O Pará, de fato, não tem vice governador, tem um fardo.

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