Segundo o site O Eco, no espaço Salada Verde, Gerard Buffières, presidente mundial da Imerys, multinacional que explora caulim no município de Barcarena, a 35 quilômetros de Belém, desembarca hoje na capital paraense para tentar convencer as autoridades de meio ambiente do estado a rever a ordem de paralisar os trabalhos da empresa.
Ela foi fechada há 15 dias por causa de um vazamento em uma das três lagoas onde são depositados os seus resíduos industriais que obrigou a evacuação de 2 mil e 500. Além de muita lábia, o chefão da Imerys vai precisar pedir milhões de desculpas e apresentar um plano concreto para o enquadramento ambiental de sua operação em Barcarena. O desastre ambiental que ela causou era previsível.
Em março, técnicos do governo estadual avisaram a Imerys que uma de suas lagoas de rejeitos tinha uma infiltração com toda a pinta de que ia virar um buraco. A empresa tergiversou. Dois meses depois, o conteúdo da lagoa vazou. Consertar os efeitos do desastre não é o único problema da Imerys. A secretaria de meio ambiente do Pará estima que a sua atual capacidade de depósito de rejeito está exaurida e precisará ser ampliada. Por essa razão, tudo indica que tão cedo a empresa não volta a funcionar.
Aliás, no site da Imerys não há qualquer menção ao desastre de Barcarena. Em compensação, ele é pródigo em loas à adesão da empresa aos preceitos do desenvolvimento sustentável, como aliás puderam comprovar os evacuados de Barcarena
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