No início da década de 90, uma polêmica internacional povoou as páginas de jornais brasileiros e de outros países. Porque, num memorando interno "vazado", o então diretor do Banco Mundial, Larry Summers, propunha nada mais, nada menos que se aceitasse a exportação de lixo, inclusive tóxico, de países industrializados para países "em desenvolvimento". Seu argumento central: vários países "em desenvolvimento", com vastos territórios, populações relativamente pequenas e incipiente produção industrial, geravam uma taxa per capita relativamente baixa dos tipos mais problemáticos de lixo. Seria, por isso, justificável que recebessem parte desses resíduos. Uma espécie de distribuição eqüitativa dos ônus do desenvolvimento praticado - mas sem mexer na distribuição de benefícios.
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