"A Bolívia não vai participar do gasoduto do sul se houver uma participação majoritária de capitais "transnacionais", afirmou hoje o ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Andres Soliz Rada, criticando a presença da Petrobras no projeto. O ministro fez a afirmação ao apresentar um relatório no Senado sobre o decreto de nacionalização de hidrocarbonetos assinado na semana passada. "Para que o gasoduto do sul funcione é preciso que seja executado por empresas estatais. Há um grave problema com a Petrobras", disse o ministro. "Vamos investir enormes somas de dinheiro para beneficiar as transnacionais sócias da Petrobras?", perguntou. Para Rada, "o problema é muito grave, não tanto para a Bolívia, a Venezuela ou a Argentina, mas sim para a Petrobras". O projeto do gasoduto pretende levar gás boliviano e venezuelano aos mercados argentino e brasileiro. Além da Petrobras, ele envolve as estatais Enarsa, da Argentina, Petróleos de Venezuela (PDVSA) e Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). "A Petrobras vai ter que se decidir. Enquanto tiver como sócios majoritários as grandes transnacionais, o governo do presidente Evo Morales não vai participar do megaprojeto", disse Rada. O ministro boliviano garantiu que não vão faltar investidores apesar do recente mudança nas regras do jogo. Ele prevê também que haja um bom mercado para o gás boliviano, considerando a demanda de Brasil, México, Argentina, Paraguai e Uruguai".
Logo, através da Radiobrás, veio a resposta do monistro brasileiro:
"O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou (12) hoje que a ausência da Petrobras tornaria inviável o Gasoduto do Sul. A construção ligaria toda a América do Sul, da Venezuela até à Argentina.
"Se a Petrobras não participar do Gasoduto do Sul, não haverá Gasoduto do Sul", disse Amorim, em coletiva à imprensa durante a 4ª Cúpula União Européia - América Latina e Caribe. "Ou então ele o gasoduto] terá que dar uma volta tão grande que vai virar o Gasoduto do Oeste."
O chanceler fez as declarações ao comentar, a pedido de um jornalista, a afirmação do ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Andres Soliz Rada. Ontem (11), em La Paz, segundo publicado hoje pela imprensa, Rada afirmou que a Bolívia não aceita a participação da Petrobras no projeto porque a empresa brasileira seria controlada por capitais transnacionais".
"Se a Petrobras não participar do Gasoduto do Sul, não haverá Gasoduto do Sul", disse Amorim, em coletiva à imprensa durante a 4ª Cúpula União Européia - América Latina e Caribe. "Ou então ele o gasoduto] terá que dar uma volta tão grande que vai virar o Gasoduto do Oeste."
O chanceler fez as declarações ao comentar, a pedido de um jornalista, a afirmação do ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Andres Soliz Rada. Ontem (11), em La Paz, segundo publicado hoje pela imprensa, Rada afirmou que a Bolívia não aceita a participação da Petrobras no projeto porque a empresa brasileira seria controlada por capitais transnacionais".
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