Amor virtual
Cá
estou solitário
Em
frente à tela do meu micro,
Rebuscando
no túnel virtual
Formas
de apreendê-la
Para
sentir-me um ser normal...
Posso
oferecer-lhe buquês de flores
De
matizes tantas,
Sob
a rama de uma árvore do campo
E
transar uma intimidade indescritível,
Repetível,
insaciável, desmedida...
Posso
namorá-la numa praça
Medieval,
e vê-la jogar
Sementes
às aves
E
passar meu braço
Em
volta das suas curvas
Num
abraço demorado
Ou
beijos apaixonados...
Está
na mente a felicidade...
Esta
cabana na encosta da
Serra
serve-me bem...
Tem
uma filete d’água
Que
corre das escarpas
E
jorra alegria às minhas
Magoas
no banheiro
Lá
no meio do açaizal...
Quando
a saudade aperta
Abro
novamente a tela
Do
meu micro
E lá
está ela
Deslizando
na neve
Num
balé de fadas
Com
seu véu transparente
Que
me faz transpirar...
A
minha amada é pura e bela,
Digamos
uma donzela
Fiel
que se doa, que responde
Às
minhas carícias
Com
toda fúria de um vulcão.
Por
que não amá-la
E
domá-la e dominá-la,
E
acalmá-la da sofreguidão?
Paulo Paixão
Um comentário:
lindo,Paulo.Quando se vislumbra a dor,paixao tudo flui de maneira simples bonita.Maravilhoso.
José Edibal Cabral
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