28 de fevereiro de 2013

Vale corta pesquisas de novas jazidas e foca em tecnologia



A mineradora julga que já tem reservas suficientes e de qualidade e avalia é que melhor investir no desenvolvimento da produção, principalmente de minério de ferro. 
Em seu programa agressivo de corte de custos, a Vale reduziu o investimento em pesquisa e desenvolvimento, especialmente na procura por novas jazidas minerais no Brasil e no exterior.
A mineradora julga que já tem reservas suficientes e de qualidade e avalia é que melhor investir no desenvolvimento da produção, principalmente de minério de ferro --que não cresce desde 2007.
 O corte teve início em 2012. Dos US$ 2,35 bilhões previstos para pesquisa e desenvolvimento, foram gastos apenas US$ 1,6 bilhão, com redução principalmente na exploração de novas reservas.
Para 2013, a estimativa é ainda menor: US$ 1,1 bilhão. A cifra corresponde a 7% do investimento projetado para 2013 (US$ 16,3 bilhões).
O diretor-executivo de Finanças da Vale, Luciano Siani, disse recentemente que o objetivo é "racionalizar despesas". Citou o exemplo de Carajás (PA), onde a empresa possui jazidas que permitem décadas de extração.
Pelo ritmo atual de produção de minério de ferro, as reservas da mineradora são suficientes para quase 60 anos.
Segundo especialistas, na própria província mineral de Carajás ainda existem reservas não quantificadas em áreas de concessão da Vale.

COBRE E TECNOLOGIA
Segundo Siani, a única exceção é em cobre, minério no qual a Vale procura novas reservas. O metal manteve preço e demanda aquecidos nos últimos anos. No minério de ferro, o foco de pesquisa é aumentar o aproveitamento e a vida útil das minas atuais, com novas tecnologias.
A estratégia da empresa poderá ter que ser alterada se o governo incluir no novo código da mineração prazos para o desenvolvimento das lavras concedidas e exigência de pesquisa mínima, algo que já ocorre nas concessões de blocos petrolíferos, o que não existe na legislação em vigor (de 1967) para as áreas de mineração já concedidas.


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