1 de março de 2010

Os estudantes se deixam enganar II

A postagem acima suscitou um monte de comentários.
Um deles - da Ítala R. Nepomuceno - vem dos estudantes. Ela diz assim:

Olá! Incialmente eu gostaria de fazer três correções: Esta carteirinha não foi emitida ou editada pela UMES (mas sim pela UES), a UES congrega estudantes de várias IES e de vários cursos e este slogan não foi "financiado" e apenas representa uma das idéias defendidas por nós. Sou uma entre os dois estudantes de engenharia civil da entidade que faz parte da diretoria composta por dezenove membros. Bem, a UES defende que a Universidade não deve ser reduzida à uma mera superestrutura do capitalismo cedendo a sua produção de conhecimentos aos interesses de quem vem à nossa região com o objetivo primordial do lucro, sim porque apesar de todo o discursso oportunista dos exploradores de minério, entre outros recursos, de que vieram trazendo a bandeira do desenvolvimento para cá e ironicamente a da preservação ambiental, todos sabemos que não há compromentimento verdadeiro com isso. Eu como estudante de engenharia civil conheço sim tudo isso que você, Jubal, falou. Acredito na pesquisa como instrumento para mostrar a verdade e sou uma estudante que pesquisará não o que for conveniente e lucrativo para as empresas, na verdade o que eu faço é contrário. É um absurdo ver os financiamentos em pesquisas por parte da iniciativa privada(que beneficiam apenas a elas) e a distorção do que é científico, além das patentes que são um impecílio para que a aplicação dos conhecimentos produzidos na universidade que deveriam ser aplicadas para benefício da sociedade como um todo seja submissa às leis de mercado. Nós negamos essa relação entre universidade e estes "grandes" projetos.
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Do poster:

Bom, Ítala, você não respondeu claramente a, pelo menos uma, das situações que coloquei na postagem: sabias que sem os minérios não terás nem a tinta para escrever as linhas ou os teclados para digitar neste computador? E falas de oportunalismo mineral? Como você se imagina construindo uma obra sem minérios? Quem trouxe esta "visão" que vocês tentam defender no slogan da carteirinha?

Se você conhecer ou souber de algum projeto - em qualquer área de conhecimento - que não vise lucro, favor nos ensinar. Esta é a concepção humana desde que o homem usou o trabalho pela primeira vez para modificar a natureza; não era forte o bastante, nem ágil, mas usou o seu cérebro para se tornar o melhor entre todos os animais.

Então reveja seu conceito do que se faz com os grandes projetos minerais. Existem muitos deles - e não se negará nunca isso - que são simplesmente empurrados goela abaixo de estudantes e de profissionais. Mas, você deve ter notado no texto, que para isso existem os órgãos fiscalizadores, MPs e a própria comunidade que os tornará eficientes. 
Negar relação entre universidade e projetos é tentar se esconder numa cova de insensatez. Onde estará o conhecimento que você seus pares adquirem nos bancos escolares se não vierem de experimentos particulares? Quem realmente financia os experimentos públicos? O particular através dos pagamentos de tributos e do incentivo aos cientistas.
Sugiro que você leia com atenção o comentário do geólogo Fred.
Nós, geólogos, não tentamos nos esconder numa concha de insensatos e puritanos defensores do "mais valia", mas mostrar onde está o grande erro que se comete ao se elaborar um projeto. E, na mineração, todos os erros cometidos no passado são lições executadas no presente e programadas para o futuro. 
No meio ambiente aprendemos e colocamos em prática as oportunidades que nos são mostradas a cada trabalho que realizamos na pesquisa mineral e na explotação dos minérios.
Reconheço o erro ao divulgar que a carteirinha foi emitida pela UMES e não pela UES, mas não muda o que pensamos sobre o que querem apresentar como novidade na "defesa" ambiental.
Continuo afirmando que a idéia é distorcida da realidade mineral.

2 comentários:

Fernando Lemos disse...

ei jubal
ai está mais uma boneca de ventríloquo, que vomitam os conceitos gramscianos dos pseudo intelectuais tem como unico objetivo chegar ao poder e mamar nas tetas do poder como em todos os estados totalitarios ocorreu, antonio gramsci casou as idéias do barbudo alemão com as deturpadas idéias do florentino. e elaborou os blocos hegemonicos. ver abaixo.


Suas noções de pedagogia crítica e instrução popular foram teorizadas e praticadas décadas mais tarde por Paulo Freire no Brasil. Gramsci desacreditava de uma tomada do poder que não fosse precedida por mudanças de mentalidade. Para ele, os agentes principais dessas mudanças seriam os intelectuais e um dos seus instrumentos mais importantes, para a conquista da cidadania, seria a escola.

Gramsci promoveu o casamento das idéias de Marx com as de Maquiavel, considerando o Partido Comunista o novo "Príncipe", a quem o pensador florentino renascentista dava conselhos para tomar e permanecer no poder. Para Gramsci, mais ainda do que para Maquiavel, os fins justificam os meios e qualquer ato só pode ser julgado a partir de sua utilidade para a revolução comunista.

Hegemonia / Bloco Hegemónico

Gramsci é famoso principalmente pela elaboração do conceito de hegemonia e bloco hegemónico, e também por focar o estudo dos aspectos culturais da sociedade (a chamada super-estrutura no marxismo clássico) como elemento a partir do qual se poderia realizar uma acção política e como uma das formas de criar e reproduzir a hegemonia.

Alcunhado em alguns meios como o “marxista das super-estruturas”, Gramsci atribuiu um papel central à diálise infra-estrutura (base real da sociedade, que inclui forças de produção e relações sociais de produção)/ super-estrutura ("ideologia", constituída pelas instituições, sistemas de ideias, doutrinas e crenças de uma sociedade), a partir do conceito de "bloco hegemónico".

Santareno disse...

Com esta tua colocação vais dar um nó no cérebro (se ela tiver um) da estudante. Esta, com certeza vai ser uma profissional sofrível. Ela vai trabalhar pra ganhar dinheiro ou vai viver de boa vontade? Será que os "incentivadores" dela viajam pra cima e pra baixo com papo furado e sem dinheiro do contribuinte?