Do Blog do Noblat:
Veja com atenção a reportagem levada, hoje, ao ar pelo programa Esporte Espetacular, da TV Globo.
Deputados federais e senadores deveriam ser forçados a assisti-la em silêncio trancados nos plenários da Câmara e do Senado.
Ela deveria ser exibida em todas as Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais do país.
Lula também deveria assisti-la na companhia dos seus ministros e principais assessores.
O que ela contém de tão extraordinário?
A confissão de um homem que errou, errou gravemente, mas que assumiu o erro e decidiu sair de cena antes mesmo de ser punido.
Jaime Neto Júnior é um dos mais respeitados técnicos do atletismo brasileiro. Trouxe para o Brasil duas medalhas olímpicas - uma de bronze em 1996 e outra de prata em 2000.
Por sugestão de um médico fisiologista, concordou com a aplicação em três atletas de uma substância que os ajudaria a se recuperar mais rapidamente da fadiga muscular.
O tratamento foi considerado dopping pela entidade responsável pela lisura do esporte.
Os três atletas foram afastados de provas. Outros dois submetidos ao mesmo tratamento, também. Fora o próprio Jaime. Todos serão julgados em breve pela entidade máxima do atletismo.
Jaime se antecipou ao julgamento.
Procurado por jornalistas, não tentou justificar o que fez. Não jogou a culpa no médico - poderia tê-lo feito. Não inventou desculpas. Não se justificou. Não lembrou sequer os serviços que prestou ao atletismo do país.
Foi impiedoso consigo mesmo:
- Não tenho mais cara para encarar as pessoas. Não dou conta. Fui imbecil, permissivo, incompetente.
Anunciou que está abandonando a profissão.
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