| Thiago Cid e Alexandre Mansur |
Os grandes supermercados prometem não comprar de fazendas que desmatam.Vai dar certo? |
Está cada vez mais difícil consumir um bom bife inocentemente. Primeiro, foi o patrulhamento da saúde, que associou a carne vermelha bovina ao consumo excessivo de gorduras e hormônios, potencialmente perigosos ao organismo. Agora vem uma onda ambiental, que mostra como a pecuária brasileira, principalmente na Amazônia, está ligada a práticas como o desmatamento ilegal e a invasão de terras públicas. Nas últimas semanas, reagindo à pressão de consumidores e investidores, grandes varejistas decretaram medidas para restringir a compra de carne de frigoríficos em áreas suspeitas e melhorar o rastreamento do produto. O Carrefour, o Wal-Mart e o Pão de Açúcar detalharam um sistema de auditoria independente para garantir que a carne que compram não venha de regiões de desmatamento. A Nike anunciou que suspendeu a compra de couro da Amazônia. E o Ministério da Agricultura anunciou um plano ambicioso para regularizar o setor da pecuária. Essas medidas vão funcionar? Em um país com dimensões continentais e um rebanho de aproximadamente 200 milhões de animais, a fiscalização não é fácil. Tanto que o esforço para combater esses crimes é feito há décadas e o resultado até o momento foi pífio. A diferença é que, agora, a demanda vem dos grandes compradores, e não só do governo. |
7 de agosto de 2009
O bife com licença ambiental e trabalhista
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário