25 de maio de 2009

Favas Contadas?

Informe da Agência Brasil:

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou que poderão ser construídas até sete pequenas hidrelétricas no Rio Tapajós, no Pará. A agência publicou hoje (25), no Diário Oficial da União, o Estudo de Inventário Hidrelétrico do Rio Tapajós, que identifica 14,2 mil megawatts de capacidade instalada no rio.

O trecho abrangido pelo estudo está situado entre a confluência dos Rios Juruena e Teles Pires e a foz do Tapajós no Rio Amazonas, incluindo também o Rio Jamanxim.

O inventário foi elaborado pela Eletronorte e pela construtora Camargo Corrêa. O próximo passo para a implantação das hidrelétricas é a elaboração dos estudos de viabilidade dos sete aproveitamentos indicados no estudo de inventário, que também deverão ser aprovados pela Aneel.

Para o diretor-presidente da Aneel, Nelson Hubner, juntamente com os empreendimentos do Rio Madeira, em Rondônia, e a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, o aproveitamento hídrico do Rio Tapajós vai ajudar a diminuir os reajustes nas tarifas de energia. “Estamos começando a tirar da gaveta uma série de bons projetos que permitirão dar mais tranquilidade à agência na hora de calcular os futuros reajustes tarifários”, disse.

E, aqui tem opiniões contrárias à implantação de hidrelétricas neste torrão.


A barragem São Luis, que seria a maior, seria construída dentro do Parque Nacional da Amazônia. O parque chega até a beira do rio, eles teriam que entrar no parque para fazer as obras. Segundo uma informação que tenho, já há negociações entre o MMA e MME para permitir essa construção dentro do parque, que é um dos lugares do planeta que tem maior diversidade de mamíferos, é um parque importante.

A Eletrobrás está dizendo: "vamos construir de uma maneira nova, como se fosse uma plataforma de petróleo. Vamos construir uma estrutura e trazer os funcionários de helicóptero". Estamos falando de 15, 20 mil pessoas trabalhando! E eles vão trazer todos de helicóptero? Eles têm mapas ridículos, mostrando o que eles chamam de uma "incisão cirúrgica na floresta" para a construção da barragem. É uma grande farsa.

Nós nos reunimos em Itaituba com índios Mundurucu. E eles estavam pintados, de arco e flecha, dizendo que não vão permitir a construção de hidrelétricas no Tapajós. Fomos nós que trouxemos informação para os índios, e as pessoas do local estavam em choque, porque Eletrobrás nem conversou com eles sobre esses projetos e já está anunciando sete hidrelétricas que transformariam o rio em um caos.


Aqui externei minha opinião.
Será que vai ser tão fácil assim?

Melhor começar a "bater os tambores" pros munduruku e cayabí darem uma "assistência" no pessoal que vai fazer o levantamento da área, lá pelo alto Tapajós.

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