Pará + Corrida de Ouro

Ainda repercurtindo da visita do "estranja" e suas comitivas por estas plagas, o Blog do Noblat mostra uma reportagem de Leonencio Nossa, no Estadão: Pará revive corrida do ouro, arrastando velhas mazelas.

A reportagem mostra que o garimpo quer continuar sendo a salvação da lavoura, mas só o será quando houver um controle ambiental, de saúde, de logística implementado.

O DNPM, aceitou desde 1995, um batalhão de PLG's que ficaram estacionadas na SEMA/Pará por (provavelmente) não cumprirem os requisitos ambientais necessários para a sua liberação. Sem a licença ambiental, o garimpo torna-se mais ilegal ainda.

Garimpeiros que se encontram no Bom Jesus reclamam da falta de assistência hospitalar, mas o Walmir Climaco afirmou que paga para a SUCAM (FUNASA) fazer exames para malária e para ter um destacamento da Polícia Militar no local.

"Bonzinho você não é", disse o secretário Cláudio Scliar após ouvir as ponderações de Walmir Climaco. Mas quando foi confrontado com o que ocorre no garimpo Ouro Roxo, em Jacarecanga e o porque da licença ambiental pelo presidente da AMOT a "bola" passou para outro ponto. Neste garimpo já ocorreram muitas mortes (além da morte do advogado Dinho em Itaituba) e os garimpeiros foram postos para correr, após a Cooperativa ter negociado a liberação da área com empresário comprador de ouro e não ter dado nenhum centavo aos cooperados. Um caso nebuloso ainda.

Com o advento do Estatuto do Garimpeiro deveria ter havido a facilidade para a contribuição sindical e previdenciária, mas tal situação não ocorreu até o presente momento, apesar da mobilização dos diretores da AMOT e SIMIOESPA neste sentido.

Uma lástima maior foi a vinda do ministro e as comitivas, que no evento público discutiram tudo menos a Mineração e Logística necessária para destravar o setor e que era a motivação de todos.