31 de outubro de 2008

Chorar ou Não Chorar? Eis a Questão.

Dia desses um cidadão compareceu, de supetão, em um estúdio de Tv local e pôs-se a discorrer sobre as eleiçõs.
Explicou que a eleição foi vencida pelo candidato dêle, com uma diferença considerável de votos e que, na opinião dêle, isso refletia a vontade popular. Queria também que o "perdedor" refletisse sobre isso e que deixasse de lado qualquer tentativa de buscar o cargo pretendido na Justiça. Que todos se unissem para que o mandato conquistado nas urnas (bateu de novo nesta tecla) se tornasse inviolável.

Caramba! Fiquei impressionado com a veemência com que ele defendeu o mandato do candidato dele. Deve ter sido um dos "cabos eleitorais" mais condecorados da campanha! E, com certeza vai merecer muitas outras "medalhas" por esta defesa do território conquistado (ou re-conquistado?).

Concordaria com os argumentos do "cabo eleitoral" se as campanhas políticas fossem limpas.
Se não houvesse, por candidatos a reeleição ou de primeira viagem, a compra descarada de votos através de todos os artifícios conhecidos ou desconhecidos, como:
  • "doação" de cestas básicas em programas assistencialistas governamentais;
  • "caronas" para ir pras suas casas nas colônias;
  • "empréstimo" de veículos para mudanças de residências;
  • "doação" de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos;
  • troca de domicílio eleitoral;
  • consultas médicas gratuitas;
  • facilidades na carteira de motoristas;
  • desvios de verbas federais, estaduais e municipais para serviços especiais;
  • cirurgias descaradas;
  • doação de dentaduras;
  • doação de utensílios domésticos;
  • etc. etc. etc. e tal.
Também concordaria com o "cabão" se os candidatos à reeleição "largassem o osso" para fazer suas campanhas, com e na mesma condição que todos os candidatos. Quero dizer assim: nos 6 meses antes do registro da candidatura o prefeitão larga a cadeira, passa o cargo pro Juiz Eleitoral e vai bater de frente com os eleitores sem preparar ruas asfaltadas, sem mandar coletar lixo, sem mandar limpar os canais e sem poder nomear para "cargos de confiança" os seus robôs.

Melhor seria se também nas campanhas para o Legislativo, os senadores/deputados/vereadores-candidatos, também se afastassem nos 6 meses anteriores para disputar em igualdade de condições com os que não podem voar e viver sob as asas da "viúva".

Mas, isso é sonhar demais...

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