9 de setembro de 2008

Quem não deve, não tem crédito

Ao longo do século 19, no Brasil a solidez institucional do Império garantia uma excelente gestão da dívida pública. Mas a saúde das finanças não se traduziu em crescimento econômico. Com a República, a credibilidade junto aos credores desmoronou, por conta de sucessivos calotes, mas o país começou a crescer.
Essa contradição da história econômica brasileira está sendo estudada pelo professor William Summerhill, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos. O brasilianista apresentou durante a semana passada, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), o curso “Desenvolvimento comparado a longo prazo e atraso econômico na América Latina”.
As conclusões da pesquisa serão publicadas no livro Inglorious revolution: Political institutions, sovereign debt and financial underdevelopment in Imperial Brazil, que está no prelo. Summerhill é também o autor de Order against progress: Government, foreign investment, and railroads in Brazil, 1854-1913, lançado em 2003.
No novo estudo, o autor analisou uma extensa série histórica de documentos brasileiros e britânicos relacionados à dívida pública brasileira entre 1824 e 1889. Os dados incluíram jornais da época, diários oficiais, arquivos do parlamento, relatórios de ministérios e de comissões de inquérito, além de uma revisão bibliográfica intercontinental.
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