O governo chinês, com o objetivo de esfriar um frenesi de fusões no setor minerador, pode comprar uma grande participação da Xstrata depois de adquirir na sexta-feira 9 por cento da concorrente Rio Tinto, segundo analistas e relatórios.
O estatal Banco de Desenvolvimento da China, que também selou um acordo nesta segunda-feira para trabalhar no desenvolvimento de novas minas com a Anglo American, teme que uma corrida precipitada para formar poucos grupos gigantes no setor minerador possa elevar o preço das commodities para a China mais adiante, que é a maior compradora de metais, disseram analistas.
"A China tem um grande interesse em preservar uma indústria mineradora diversificada e competitiva", disse John Kemo, analista da Sempra, em uma nota. "Líderes sêniors estão claramente preocupados sobre a rápida consolidação da indústria, e o risco de que ela irá desequilibrar a balança do poder do mercado ainda mais em favor de poucas grandes mineradoras." O Banco de Desenvolvimento da China tem tido negociações com a operadora suíça de commodities Glencore sobre a possibilidade de comprar seus 34,6 por cento de participação na Xstrata avaliados em 14 bilhões de dólares, afirmou o jornal britânico Telegraph.
O banco é um dos muitos investidores de Ásia, Europa e América do Sul que se aproximou da Glencore com o intuito de comprar sua participação na Xstrata, afirmou o jornal.
Qualquer um que comprar a grande participação da Glencore na Xstrata pode bloquear uma possível compra da Xstrata pela Vale, que afirmou estar considerando tal movimento.
Acionistas controladores da Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, afirmaram na semana passada que aprovaram um estudo para ver se a compra da Xstrata é viável.
(Reportagem de Eric Onstad)
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