A irritação demonstrada pelo presidente Lula na quinta-feira em relação ao processo de licenciamento das usinas do Rio Madeira tem motivo bem simples: o parecer do Ibama referente à licença prévia foi negativo.
A conclusão de que o projeto é complexo, contém brechas e pode prejudicar a migração de peixes na bacia Amazônica e causar impactos a países vizinhos custou os cargos de Luis Felipe Kunz, diretor de licenciamento ambiental do Ibama, e de Claudio Langone, Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente. Ambos tentaram mostrar ao governo o porquê da decisão contrária ao empreendimento. Acabaram sendo convidados a deixar a equipe pela própria ministra.
Em fevereiro, Kunz prometeu que até o fim do mês um parecer seria liberado sobre o licenciamento das usinas de Santo Antônio e Jirau. Segundo fontes do Ibama, o parecer não foi divulgado no site do Instituto, como de praxe, porque estuda-se a possibilidade jurídica de se pedir um novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima). As empresas responsáveis pela obra, Odebrecht e Furnas, foram informadas sobre o parecer, mas não o consideram a resposta final do governo.
Fonte: O Eco
Um comentário:
Já estou a ver o filme: o pessoal vai ser obrigado a fazer tantos estudos de impacte ambiental quantos forem necessários até acertarem no que o(s) cliente(s) querem. Uma tristeza. Abraço aí! Octávio Lima (ondas3.blogs.sapo.pt)
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