5 de dezembro de 2006

O setor mineral, representado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), endossa as críticas do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos entraves que emperram projetos de infra-estrutura, lembrando que sofre as mesmas dificuldades, como a lentidão nas concessões de licenciamento ambiental.

Em 12 de dezembro, os principais executivos do setor – inclusive das duas maiores mineradoras do mundo – estarão em Brasília para comemorar os 30 anos do Instituto e listar medidas que entendem ser essenciais para o crescimento sustentável nas próximas décadas.

Diante das críticas feitas por ambientalistas do próprio governo federal e ONGs a Lula, o presidente do IBRAM, Paulo Camillo Penna, diz que a indústria da mineração fala com conhecimento de causa: “um dos principais obstáculos ao desenvolvimento da mineração e do Brasil diz respeito à gestão dos assuntos que envolvem o meio ambiente”.

O trabalho sério de ambientalistas, diz, muitas vezes é engolido por burocratas e ecoxiitas, que agora se voltam contra o Presidente. “Tem que colocar um basta nessa situação porque a conseqüência é que a opinião pública recebe informações de que o setor produtivo não dá a devida atenção ao meio ambiente, quando é justamente o oposto”, afirma.

A própria mineração, informa, coleciona casos de sucesso de atividade em terras indígenas, em regiões de fronteira, em áreas de proteção ambiental, conjugando produção com desenvolvimento local e preservação do meio ambiente. “Mas ninguém quer saber disso. Parece ser mais fácil vetar novos projetos e o crescimento do País que fique para segundo plano”, reclama.

Para o presidente do IBRAM, o chefe do Executivo precisa aproveitar a recomposição da base de seu governo e promover mudanças para remover “entraves humanos”, além dos obstáculos burocráticos. “Sempre é preciso qualificar a gestão das questões que envolvem os reais interesses do País e, nesse sentido, o desenvolvimento sustentável tem papel fundamental”, avalia.

“Assim como outros setores, a mineração corre o risco de ficar estagnada por causa dos obstáculos apontados pelo Presidente Lula, entre outros, embora tenha contribuído ao longo dos anos para o desenvolvimento e seja uma das esperanças de crescimento sustentável para o País. É um non-sense que precisa ser corrigido e o Seminário Indústria da Mineração e IBRAM: Perspectivas das Próximas Décadas se propõe a apresentar a posição do setor mineral”, diz o presidente do IBRAM, promotor do evento.

Fonte: Comunique-se

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