Se alguém me perguntar se é possível proceder a uma gestão ambiental em áreas garimpeiras de ouro do Vale do Tapajós, eu afirmarei: “SIM”!
Em primeiro lugar deveremos afastar a interferência governamental e, depois, agir com eficiência. A presença da esfera governamental inibe (ou engessa) a iniciativa popular nos empreendimentos. O governo (municipal, estadual ou federal) tabela juros, limita contratos, impõe medidas coercitivas e vive “dando o pitaco” no modo de agir do interessado. Gasta desordenadamente, investe muito pouco (ou alguém acha que o dinheiro dos projetos ambientais é grande?) e não cumpre suas obrigações constitucionais.
Sem os “muros” para atrapalhar, os garimpeiros (ou quem sabe a AMOT) pode colocar em prática as ações compensadoras e mitigadoras previstas nos PCA e PRAD, comumente apresentados na SECTAM e/ou IBAMA (mas nunca cumpridos), cuidando da proteção às nascentes, às suas áreas de descarga, contenção de encostas, adequado escoamento de águas pluviais, recomposição da vegetação das espécies nativas e, principalmente, do bem estar do ser humano envolvido na difícil tarefa de garimpar. Neste compasso os garimpeiros evitariam as possíveis ações fiscalizatórias (a maior parte são punitivas e não orientadoras) dos órgãos de proteção ambiental, do MTb e do raios que o partam, além de quebrar o falso pedestal em que os executivos governamentais se colocaram, mostrando que as ações preventivas de proteção ao meio ambiente são executáveis sem a sombra ameaçadora do governo.
No caso do projeto “Cuide do seu Tesouro” (confesso que não estou a para de todos os senões) foi formada uma entidade colegiada, composta também pelos principais interessados (os garimpeiros) para expor sus interesses e discuti-los, criando um comprometimento com o Projeto? Se não foi realizada esta etapa, a relevância e a abordagem não vão ter a visão integralizadora de um real Sistema de Gestão Ambiental. Se sim, a organização não deverá esquecer de realizar reuniões periódicas para analisar cada ciclo do projeto, verificar sua evolução e efetuar as mudanças críticas necessárias ao seu sucesso.
O meio ambiente, como algo integrado, não pode esperar por decisões que permitam a continuidade da degradação, da destruição dos ecossistemas locais, regionais e nacionais. Somente a conscientização da população não é suficiente para garantir a sustentabilidade do recurso em si, é o que nos mostra a historia deste País.
Para finalizar, aproveito para incentivar um projeto que traga benefícios globais a todos (os urbanos e os interioranos) e citar o ensinamento do mestre Milton Santos (Por uma Geografia Nova):
Em primeiro lugar deveremos afastar a interferência governamental e, depois, agir com eficiência. A presença da esfera governamental inibe (ou engessa) a iniciativa popular nos empreendimentos. O governo (municipal, estadual ou federal) tabela juros, limita contratos, impõe medidas coercitivas e vive “dando o pitaco” no modo de agir do interessado. Gasta desordenadamente, investe muito pouco (ou alguém acha que o dinheiro dos projetos ambientais é grande?) e não cumpre suas obrigações constitucionais.
Sem os “muros” para atrapalhar, os garimpeiros (ou quem sabe a AMOT) pode colocar em prática as ações compensadoras e mitigadoras previstas nos PCA e PRAD, comumente apresentados na SECTAM e/ou IBAMA (mas nunca cumpridos), cuidando da proteção às nascentes, às suas áreas de descarga, contenção de encostas, adequado escoamento de águas pluviais, recomposição da vegetação das espécies nativas e, principalmente, do bem estar do ser humano envolvido na difícil tarefa de garimpar. Neste compasso os garimpeiros evitariam as possíveis ações fiscalizatórias (a maior parte são punitivas e não orientadoras) dos órgãos de proteção ambiental, do MTb e do raios que o partam, além de quebrar o falso pedestal em que os executivos governamentais se colocaram, mostrando que as ações preventivas de proteção ao meio ambiente são executáveis sem a sombra ameaçadora do governo.
No caso do projeto “Cuide do seu Tesouro” (confesso que não estou a para de todos os senões) foi formada uma entidade colegiada, composta também pelos principais interessados (os garimpeiros) para expor sus interesses e discuti-los, criando um comprometimento com o Projeto? Se não foi realizada esta etapa, a relevância e a abordagem não vão ter a visão integralizadora de um real Sistema de Gestão Ambiental. Se sim, a organização não deverá esquecer de realizar reuniões periódicas para analisar cada ciclo do projeto, verificar sua evolução e efetuar as mudanças críticas necessárias ao seu sucesso.
O meio ambiente, como algo integrado, não pode esperar por decisões que permitam a continuidade da degradação, da destruição dos ecossistemas locais, regionais e nacionais. Somente a conscientização da população não é suficiente para garantir a sustentabilidade do recurso em si, é o que nos mostra a historia deste País.
Para finalizar, aproveito para incentivar um projeto que traga benefícios globais a todos (os urbanos e os interioranos) e citar o ensinamento do mestre Milton Santos (Por uma Geografia Nova):
“Categorias fundamentais como o homem,
a natureza, as relações sociais estarão sempre presentes
como instrumentos de análise, embora a cada período histórico
o seu conteúdo mude.
É por isso que o passado não pode servir
de mestre do presente e toda tarefa pioneira
exige do seu autor um esforço enorme para perder a memória,
porque o novo é o ainda não feito ou o ainda não codificado”.
2 comentários:
O "cuide de seu tesouro" é uma gozação, criado para uma coisa e após denuncias do apresentador da TV Eldorado (Rozza Paranatinga) criaram/mudaram o sentido, além de ter sido lançado após o encerramento do prazo de vigencia, ou seja, tudo fora da regularidade.
Como disse no texto, não conheço todos os senões e apesares.
Postar um comentário