28 de abril de 2006

Políticas Públicas no Brasil e o Papel das Fundações, ONGs e OSCIPs nesta Formulação

Dias atrás fiz algumas colocações sobre como está sendo estabelecida a política de decretação das Unidades de Conservação.
Neste artigo de José Roberto Guedes de Oliveira, escrito para o porta Ecodebate há um posicionamento suscinto sobre a questão. Os primeiros parágrafos dizem o seguinte:
"Em razão da extensão territorial do nosso país, mais ainda, a dificuldade de locomoção em certas regiões, principalmente a amazônica, não há como exigir que o Estado possa cumprir satisfatoriamente a sua missão de política pública. Seria realmente pedir demais, para quem, ao longo da nossa história, não se preocupou com a devida ocupação da terra, em termos sociais e econômicos - muita coisa ficou à deriva.
Além do problema dessa esfera, também levamos em conta que particularidades e peculiaridades regionais não estabelecem um programa político uniforme. É só observar o nosso mapa geofísico e sócio-econômico para se ter uma idéia abrangente dos inúmeros problemas existentes, de toda natureza.
Uma outra questão que nos surpreende falar é a da nossa adversidade: regiões secas e regiões úmidas, em vários Estados, dificultando a aplicação de uma política pública confiável e duradoura, haja visto a periodicidade temporal: enchentes, secas, etc.
Um outro problema é a da distribuição da riqueza e do aproveitamento das riquezas naturais. São variadas as dimensões deste problema, o que acarreta estudos aprofundados da má distribuição da fatia da economia: uns, com riquezas absurdas; outros, com pobrezas penitentes".
Acho que o conhecimento das razões aumenta a possibilidade de discussão sobre o assunto. Pena que muitos não pensem assim e esperem que a história não cite seus nomes.
Em tempo, o autor José Roberto Guedes de Oliveira é ensaísta, biógrafo e historiador. Membro do CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hídricos.

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