Este poderia ser um título de uma novela bem à brasileira. Mas é um ingrediente da política brasileira. Refere-se a eleições e maracutaias (são tudo a mesma coisa, né?), desentendimentos e desencontros de órgãos governamentais e, principalmente, promoção pessoal.
Ano passado, depois de exaustivos estudos ambientais, a BR-163 (Cuiabá-Santarém) - explico porque coloquei na ordem inversa do que os santarenos falam: até o limite do estado do Mato Grosso já está asfaltado e pra cá só buracos - foi decidido que seria priorizado o seu asfaltamento. Agora, uma medida do governo federal (foi uma dificuldade encontrar este decreto, porque ele não é numerado e só tem a data, mas fuçando se encontra no DOU) proíbe, por sete meses, o corte raso da floresta e atividades que possam causar degradação ambiental na região que circunda a rodovia que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM), uma área da Amazônia ainda bem preservada. E o ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, que já declarou ser candidato ao governo do Amazonas diz que a prioridade é o asfaltamento da BR-319.
Não cheira a campanha política antecipada?
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