3 de maio de 2005

Projeto Juruti

Estive na audiência pública, em Belém, que tratou do RIMA do Projeto Juruti, da ALCOA.
Uma colocação que me chamou a atenção, mas que foi muito mal explicada foi a do Everaldinho, secretário de Planejamento de Santarém, quando ele queria (penso eu) chamar a responsabilidade da empresa para a implantação do beneficiamento da bauxita no Oeste do Pará. Sabemos que vai ser muito difícil a implantação da fábrica de beneficiamento em Juruti, por falta de energia elétrica disponível, que não vai chegar (me perdoem o pessimismo) nos próximos 10 anos, que é o tempo pra construção da usina de Belo Monte e da linha de transmissão, então nada melhor que fazer a empresa se posicionar para, através de uma Carta de Intenção, para deixar parte do lucro auferido produzindo empregos na Região Oeste do Pará e não levando para o Maranhão e deixando as sequelas em nossa regiao. Vimos moradores de Juruti apupando (a maioria eram os parentes dos Batistas e dos Pinheiros, ex donos do poder) sem refletir que é melhor comer farinha com muitos do que comer m.... sozinho.
O caso é que na hora de trabalhar, os habitantes do Oeste querem cada um puxar a brasa pra sua sardinha e deixar os outros brigando pelo seu pedaço. Na hora do oba oba, vamos todos pra Belém e pra Brasilia, que é uma mamata só.
O certo seria fazer um "arroz unidos venceremos e comer com as mãos" e alcançar os objetivos unidos. Fica mais racional e mais simples. Agora, vai convencer o político profissional que deve ser assim! Ele quer os louros da vitória, mas dispensa as agruras da derrota, que pode ficar com o seu inimigo.

Nenhum comentário: