Judibal Cabral, engenheiro florestal, doutor em exploração florestal, pesquisador e professor na Universidade do Amazonas envia-nos uma poesia de um homem do campo:
Jader Moreira Rafael - produtor rural, compôs estes versos após assistir a uma palestra do professor Santana.
O cientista e a natureza
É um mistério profundo
Compreender a natureza
Seus segredos, sua grandeza
A coisa mais linda do mundo:
nossa mãe, nosso escudo
São coisas que a Ciência
Em poucos anos de estudo
Não tem certeza de tudo
Nem explica com transparência.
Diante da insegurança
Que nos revela a Ciência
Devemos ter paciência
E em Deus ter confiança
O doutor nos disse uma beleza:
“vamos ler a natureza, aquilo que ela nos diz”,
porém não devemos pôr o nariz
sem antes termos certeza.
Bem entendo que o senhor
Com seu estudo e sua função
Tem sua tese e tem razão
E tem diploma de doutor.
E, como pesquisador, orienta a quem ignora
na relação nascente/homem:
Se se planta - a água some
Se se corta - ela aflora...
O homem criou o telefone
Fez o computador e a televisão
E, com sua imaginação,
fez da ovelha um clone,
pela força da Ciência.
Agora sentindo essa grandeza
Vem com gráficos e equações
Explicar nobres razões
Pra se intervir na natureza.
Eu respeito o senhor
Mas não devo aceitar
Como é que eu posso cortar
A mata que Deus deixou?
A nossa vida dela provém,
E vivem nela também,
As plantas, os insetos e outros bichos
E o cientista por capricho
Manda cortar o que tem!
Desculpe se do meu posto
respondo como produtor
Embora eu respeite o senhor
Não escondo o meu desgosto.
Eu afirmo e tenho certeza
Que os rios, a terra e o mar
São obras da Criação
E se não temos convicção
O melhor é não cortar!
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